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Funções da Serotonina e a relação com a Depressão

2 anos atrás
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por Joyce Fernandes
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Escrito por Joyce Fernandes
4.7
(231)

Olá, gente!

Nós sabemos que os neurotransmissores são muito importantes em diversas funções tanto do sistema nervoso central, incluindo o cérebro, como do sistema nervoso periférico.

E, por isso, temos vários post sobre neurotransmissores, como: dopamina noradrenalina e adrenalina.

O que é serotonina?

A serotonina é um dos diversos hormônios produzidos em nosso organismo, uma amina biogênica que desempenha importantes funções.

Você com certeza já ouviu falar dela, principalmente quando se trata de distúrbios como depressão, ansiedade, TOC (transtorno obsessivo compulsivo).

Mas, antes de entender quais as funções e a importância desse hormônio, vamos entender quem ele é, onde é produzido e como age em nosso organismo.

Leia também: Fases do Luto: você as conhece?

Síntese de serotonina

A serotonina, também conhecida como 5-hidroxitriptamina ou 5-HT, é produzida em dois locais principais em nosso organismo: no Sistema Nervoso Central (SNC), pelos neurônios serotoninérgicos dos núcleos da rafe, e no trato gastrointestinal, pelas células enterocromafins.

Também está presente em nossas plaquetas.

Sua produção se dá principalmente pela manhã e na presença de luz solar, que, ao penetrar pela retina, estimula a liberação de serotonina.

Figura 1: Estrutura química da serotonina

Como a maioria dos hormônios produzidos em nosso organismo, para que seja produzido, necessita de um substrato.

O substrato necessário para produção da serotonina é um aminoácido, o triptofano, que é obtido por meio da alimentação, sendo encontrado em diversos alimentos como: chocolate preto, vinho tinto, banana, abacaxi, cereais integrais, castanha do Pará, leite, tomate, e carnes magras.

São vastas as opções para consumir o substrato inicial para a formação de serotonina, e estes devem ser consumidos em pequenas porções várias vezes ao dia.

Além de se ter o substrato para a produção, estímulos internos ou externos podem alterar a produção.

Sabe-se que, nas mulheres, os hormônios produzidos pelos ovários (estrogênio e progesterona) atuam sobre a produção da serotonina, e, assim, alterações em tais hormônios podem afetar a síntese serotoninérgica.

Esse mecanismo pode estar relacionado por exemplo, à Depressão pós parto e à Síndrome de tensão pré-menstrual, uma vez que, tanto no puerpério quanto no período pré – menstrual, há uma considerável queda dos hormônios sexuais, e, com isso, afeta a produção de serotonina, provocando tais sintomas de depressão e alteração de humor.

Atuação da Serotonina: Receptores da Serotonina

Após ser produzida, seja no SNC ou seja no trato gastrointestinal, a serotonina é liberada e atua em seus receptores, os receptores de 5 – HT.

São vários, cerca de 7 famílias de receptores 5-HT1, 5-HT2, 5-HT3, 5-HT4, 5-HT5, 5-HT6 e 5-HT7.

Além das 7 famílias, muitas possuem subtipos de receptores, o que gera ao final um número ainda maior de receptores nos quais a serotonina atua.

Com exceção do 5-HT3, que é um receptor ionotrópico, ou seja, ligado a um canal iônico, os demais são receptores metabotrópicos, associados à proteína G.

Cada um desses receptores é expresso em um determinado local, e atuam de formas distintas. As principais ações da serotonina em nosso organismo são inibitórias. Muitos dos receptores quando estão ativos provocam efeitos maléficos ao nosso organismo, por exemplo, quadros de ansiedade.

Dentre todas as famílias de receptores da serotonina, alguns possuem uma considerável importância, e atuam inclusive como alvos farmacológicos.

Os receptores 5-HT1 são acoplados a proteína Gi, ou seja, têm caráter inibitório.

Já os receptores da família 5-HT2 são acoplados a Gq, e estão relacionados ao comportamento, estando envolvidos em termorregulação, controle do sono e fome, humor e aprendizado.

Entre esses, temos os receptores da família 5-HT 2A. Estes, estão acoplados à proteína G, e estão presentes na musculatura lisa, nas plaquetas, e no córtex cerebral. Estão envolvidos, por exemplo, em contração do músculo liso traqueal e broncoconstricção.

Por estarem presentes também no córtex cerebral, podem ser utilizados para tratamento de sintomas depressivos, ansiedade e pânico, onde realiza- se o bloqueio de tais receptores, por meio de antagonistas, como por exemplo, a nefazodona e mirtazapina.

Já o subtipo, 5-HT 2C, também acoplado à proteína G, possui importante ação reguladora do humor, da ansiedade, alimentação, e comportamento reprodutivo.

Além disso, regula a liberação de dopamina no SNC. Quando agonistas (por exemplo, Lorcaserina) do receptor 5-HT 2C são utilizados, o que pode ser observado é o aumento de ansiedade e a indução de hipofagia.

Por outro lado, quando se utilizam antagonistas (como amitriptilina, clozapina e risperidona), percebe-se benefícios para tratar estados depressivos e de ansiedade.

O receptor 5-HT 3, ao contrário dos outros, é um receptor ligado a um canal iônico, permitindo despolarização e excitação neuronal.

Estes receptores são envolvidos com a atividade emética, tanto central, quanto perifericamente, sendo que antagonistas deste receptor podem ser utilizados como antieméticos.

A família 5-HT4 se relaciona ao aumento do peristaltismo, contração da musculatura lisa vesical, e até mesmo contratilidade atrial.

Já a nível central estão relacionados à memória e aprendizagem.

Está relacionado também à nível central à redução da atividade do sistema de recompensa no núcleo accumbens, e assim seu bloqueio pode ser utilizado para redução do etilismo e do uso de drogas.

O receptor 5-HT 6, acoplado à proteína G, é expresso principalmente no SNC, como nas regiões do sistema límbico.

Está envolvido em cognição, peso corporal, alimentação, ansiedade, memória, convulsões e estado afetivo. São importantes como o alvo farmacológico, pela possibilidade em ter o efeito terapêutico desejado, e reduzir a ocorrência de efeitos colaterais.

Mas, além de saber dos diversos nomes de receptores e algumas de suas peculiaridades, precisamos saber qual a ação da serotonina em nosso organismo, e entender, assim, os motivos pelos quais alterações nas concentrações, principalmente a falta, trazem tantos problemas.

Funções da Serotonina

Lembra que falamos anteriormente que há produção de serotonina no trato gastrointestinal?

Uma das atuações dela é controlar a função intestinal, uma vez que atua nos movimentos do intestino durante a digestão.

Quando há substâncias tóxicas em nosso organismo, há um aumento da produção e liberação de serotonina, a fim de aumentar os movimentos intestinais, provocando quadros diarreicos.

Ainda falando sobre digestão, a serotonina, por meio de atuação no Sistema Nervoso Central e também atuação periférica, realiza controle das náuseas. Controla também o apetite.

Outra atuação do hormônio é realizada em nossos ossos.

A serotonina é importantíssima para os ossos, mas ela deve estar em concentrações homeostáticas, em equilíbrio.

Quando em níveis muito altos, podem ocasionar osteoporose, reduzindo a densidade óssea.

Isso pode ocorrer, por exemplo, em situações de uso de medicamentos para tratamento de depressão, como os inibidores da recaptação de serotonina.

Ela também desempenha importante papel na função sexual, mantendo a libido.

Como dito, ela está presente nas plaquetas, e, diante de uma ferida, promove vasoconstricção, o que facilita a coagulação sanguínea.

Atua no sono, uma vez que a melatonina é produzida a partir da serotonina.

Com isso, a queda da concentração de serotonina promove queda também de melatonina, e assim o indivíduo tem dificuldade para iniciar e para manter o sono, ou seja, se mantém em vigília.

Mas a sua ação “principal”, sendo a mais visada, é a influência nas emoções e no ânimo.

A ação inibitória da serotonina é que garante alguns importantes efeitos dessa substância nesse âmbito.

Ela promove inibição das vias de dor na medula espinhal.

E também pela ação inibitória, auxilia no controle do humor e no controle do sono.

Alterações das concentrações de serotonina

As principais alterações, os principais sintomas, ocorrem quando há queda das concentrações de serotonina.

E, assim, podem ser observados sintomas como: mau humor pela manhã, sonolência ao longo do dia, alteração do desejo sexual, aumento do desejo de ingerir alimentos doces, polifagia levando ao aumento de peso, distúrbios de memória, aprendizado e concentração, e intensa irritabilidade.

Podemos observar também tristeza e isolamento social e perda do ânimo, o que varia em intensidade, e pode chegar a depressão.

Esses são sinais e sintomas que devem alertar quanto à necessidade de aumentar os níveis de serotonina, seja pela alimentação, por atividade física, ou ainda por uso de medicamentos que promovam esse aumento.

Em casos mais graves, como dito, o indivíduo desenvolve depressão ou extrema ansiedade, e, com isso, o uso de medicamentos é quase sempre indicado.

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina são muito utilizados, pois inibem a recaptação da serotonina, mantendo-a na fenda e com isso aumentando sua atuação.

Alguns medicamentos que provavelmente você já ouviu falar e que possuem essa propriedade são o escitalopram, a sertralina e a fluoxetina.

Você já leu nosso artigo sobre qual livro de fisiologia comprar?

A depressão

A depressão, também conhecida como transtorno depressivo maior, é um distúrbio mental que afeta muitas pessoas em todo o mundo.

É uma doença grave por afetar todas as áreas da vida do indivíduo que se vê sem interesse em nada, perde a capacidade de se sentir alegre, tem uma tristeza profunda, baixa autoestima, insônia, entre várias outras alterações que levam ao comprometimento do cotidiano.

A depressão pode ocorrer por algumas causas como: genética (quando há casos na família de transtorno depressivo, há um risco maior de desenvolver a doença), eventos vitais (relacionado à eventos estressantes que podem desencadear a depressão), e a bioquímica cerebral (deficiência de algumas substâncias a nível de sistema nervoso central, como deficiência de serotonina, noradrenalina e dopamina, podem desencadear a depressão).

O tratamento para a depressão geralmente é medicamentoso (por exemplo, aumentando as concentrações de serotonina) e psicoterápico.

A fim de prevenir a depressão, é importante que tenha-se uma alimentação saudável e variada (consumir fontes de triptofano, por exemplo), prática de atividade física, ter uma boa rotina de sono, controlar as atividades estressantes, ter momentos felizes realizando atividades prazerosas.

Enfim, levar a vida da melhor forma possível.

E isso é bom não só para prevenir a depressão, mas para viver bem em todos os aspectos.

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