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TSH: O estimulador da tireoide

3 anos atrás
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por Joyce Fernandes
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Escrito por Joyce Fernandes
4.6
(51)

O TSH é um dos hormônios produzidos pela porção anterior da hipófise, a adeno-hipófise. É um hormônio de suma importância em nosso organismo, pois, é ele quem estimula a tireoide a produzir seus hormônios tireoidianos que atuam nos mais diversos locais do organismo, conforme veremos ao longo deste artigo.

Por que o TSH é liberado?

O eixo hipotálamo-hipofisário é um dos eixos mais importantes do nosso organismo, uma vez que, a partir dessa conexão, há o estímulo à produção de hormônios fundamentais, para o funcionamento da “máquina humana”. O hipotálamo é quem faz a conexão com o ambiente externo, ou seja, recebe informações de tal ambiente e as transmite à hipófise.

Dentre os estímulos externos que chegam ao hipotálamo, o frio é de grande importância no eixo hipotálamo-hipofisário-tireoide. “Mas como assim o frio? O que ele faz?” O frio, ao ser percebido pelo hipotálamo, estimula que o mesmo produza TRH (Hormônio Liberador de Tireotrofina). Ao ser produzido, o TRH é liberado por meio de uma rede de capilares para a adeno-hipófise.

É esse TRH quem estimula a adeno-hipófise a produzir e secretar o TSH (Hormônio Estimulador da Tireoide ou tireoestimulante). E assim, o TSH é liberado no sangue para cumprir seu papel.

Como atua o TSH?

O TSH, como já foi dito, é o Hormônio estimulante da Tireoide, e seu papel é justamente esse, estimular a tireoide. Mas como ele atua na tireoide?

A tireoide é uma glândula do nosso corpo, situada na região do pescoço. Microscopicamente, é composta por dois tipos celulares: células foliculares, que formam os folículos tireoidiano,s e células parafoliculares adjacentes aos folículos. As células parafoliculares não são dependentes do TSH e realizam produção de calcitonina. Já as células foliculares são o alvo do TSH, sendo dependente da ação do hormônio. O TSH atua diretamente nas células foliculares presentes na tireoide e estimulam essas células a produzirem os conhecidos hormônios T3 e T4, sendo esses os hormônios finais.

T3 e T4

Os hormônios tireoidianos são de enorme importância, uma vez que atuam nos mais diversos locais em nosso organismo.

Sua produção é realizada pelas células foliculares mediante ação do TSH. Quando o TSH se liga ao seu receptor na membrana da célula folicular, uma série de eventos ocorrem para a formação dos hormônios tireoidianos. Lembrando que para produção de tais hormônios, uma substância muito importante é o iodo, proveniente da alimentação. Justamente por isso, nosso “sal de cozinha” é iodado, ou seja, contêm iodo em sua composição, para evitar que os hormônios deixem de ser produzidos devido à falta do iodo. Ao fim dos eventos, há a formação de T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina). Esses hormônios ficam armazenados “dentro” dos folículos, no coloide, onde podem permanecer armazenados por até três meses.

Dois hormônios, portanto, são produzidos. E você pode se perguntar: “cada um deles desempenha diferentes funções?” e a resposta é NÃO. Há sim diferença entre eles, desde sua composição, onde o T3, como o nome diz, contêm três moléculas de iodo, e o T4, que contêm quatro moléculas de iodo. Mas a diferença entre eles vai além. O T3 é o hormônio mais ativo, ou seja, aquele que atua em nosso organismo. Seus efeitos aparecem rapidamente, porém corresponde a menor porcentagem de produção. Apenas cerca de 10% da produção das células foliculares é de T3. “Mas como assim o hormônio ativo é o menos produzido??” Calma. O T4 é um pró-hormônio, isso quer dizer que não está ativo, e, mesmo assim, cerca de 90% da produção folicular é de T4. Isso ocorre pois, apesar de não ser a forma mais biologicamente ativa, o T4, para ser utilizado, é convertido em T3. “E não seria mais fácil produzir apenas T3?”, e aí está o ponto chave. O T3 apesar de ser a forma ativa, possui efeito rápido e curto. Se toda a produção fosse de T3, teríamos efeitos deste hormônio de forma exacerbada, podendo trazer complicações, efeitos esses que acabariam rapidamente, pois o T3 tem meia vida curta (ou seja, logo é degradado). Já o T4, além ser um pró-hormônio e não estar ativo, tem meia vida longa. Assim, vai sendo lentamente e gradativamente convertido em T3, e, então, o T3 desempenha suas funções. A vantagem de se produzir o T4, portanto, é prevenir esses picos de efeitos hormonais, além de manter os hormônios tireoidianos no organismo por mais tempo.

Regulação da produção hormonal

Para que não há falta ou excesso de hormônios tireoidianos, há um mecanismo de regulação. Esse mecanismo é conhecido como feedback ou retroalimentação. Os protagonistas dessa regulação são os hormônios T3 e T4. Eles fazem o controle da liberação de TSH e TRH, por meio das alças de feedback.

Quando as concentrações estão no nível ideal ou em níveis aumentados, o T3 e T4, por meio do feedback negativo, inibem a hipófise de liberar o TSH e o hipotálamo de liberar o TRH, para que não haja secreção dos mesmos, evitando que os níveis de T3 e T4 aumentem excessivamente. Já quando os níveis dos hormônios tireoidianos estão reduzidos, há um feedback positivo, tanto no hipotálamo, quanto na hipófise, estimulando a liberação de TRH e TSH, respectivamente, para que o TSH, por sua vez, estimule sua glândula-alvo, a tireoide, a produzir T3 e T4.

E assim se dá a regulação destes hormônios em nosso organismo.

“Muito falamos sobre os hormônios, desde o hipotálamo até a tireoide, mas qual é essa grande importância de tais hormônios em nosso organismo? “

Ação dos hormônios T3 e T4

Os hormônios T3 e T4, que são os hormônios finais, produzidos pela tireoide, desempenham papeis em diferentes sistemas do nosso organismo. Mas, lembre-se que, em concentrações normais dos hormônios, todos os efeitos e ações geradas no organismo não são desregulados ou prejudiciais. Os mesmos ocorrem nas devidas proporções, sendo fundamentais para o bom desempenho de nosso organismo.

Para começar, atuam aumentando o metabolismo basal. Isso faz com que maior quantidade de energia (ATP) seja utilizada e produzida. Aumenta também o consumo de oxigênio. E possui um efeito termogênico, ou seja, gera calor. Entendeu agora o motivo do frio ser um importante estimulador do hipotálamo?!!

Os hormônios atuam também no metabolismo glicídico, ou seja, aumenta o consumo de glicose como fonte de energia, estimulando a glicogenólise (quebra do glicogênio, liberando moléculas de glicose) e gliconeogênese (produção de glicose).

Quanto ao metabolismo de lipídeos, os hormônios também exercem efeito, aumentando sua degradação por meio da lipólise. Isso leva ao emagrecimento e reduz os níveis de colesterol e triglicerídeos.

E quanto as proteínas? No caso do metabolismo proteico, a ação do T3 e T4 é de aumentar a síntese proteica. Porém, se em concentrações elevadas, o efeito se inverte, promovendo degradação proteica.

Além de atuar em tais metabolismo de substâncias, os hormônios atuam também em sistemas.

No sistema digestivo, os hormônios estimulam a vontade de comer, e estimulam também a motilidade do trato gastrointestinal.

No sistema cardiovascular, também aumenta a atividade, estimulando os efeitos adrenérgicos, como aumento do inotropismo (aumenta a força de contração do miocárdio) e aumento do débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração a cada minuto). Promove aumento da pressão sistólica, até mesmo devido ao aumento do inotropismo, e redução da pressão diastólica, devido à vasodilatação, promovida pelo hormônio que reduz a resistência vascular periférica (RVP). E, além de todos esses efeitos mecânicos e hemodinâmicos, os hormônios tireoidianos estimulam também a eritropoiese (produção de eritrócitos, as hemácias).

Em relação ao crescimento e desenvolvimento, os hormônios tireoidianos atuam juntamente com o hormônio do crescimento, o GH. Como? Os hormônios produzidos pela tireoide aumentam o número de receptores para o GH, e, assim, potencializa sua ação, além de estimular a produção do IGF-I, que é uma forma indireta de atuação do GH. Além disso, promove a ossificação e maturação das epífises no momento adequado e, com isso, após tal maturação, o indivíduo “encerra” a fase de crescimento. Importante também para desenvolvimento dos dentes, pele e folículos pilosos, tanto que, em distúrbios dos hormônios tireoidianos, a pele e os folículos apresentam importantes sinais de alteração.

E ainda tem efeitos no sistema nervoso central. São importantes desde a vida intrauterina, onde os hormônios tireoidianos já estimulam desenvolvimento e maturação do sistema nervoso central (que corresponde à encéfalo e medula espinhal). Atuam no processo de mielinização, formação da árvore dendrítica e desenvolvimento de sinapses. Ou seja, sua ação não é nada dispensável.

Distúrbios

Tantas são as ações dos hormônios, não é mesmo!? Mas e se algo der errado? Se for produzido hormônio em excesso ou se não for produzido? Acredito que você já saiba que, caso isso ocorra, todo o organismo, os metabolismos de substâncias e os sistemas nos quais os hormônios atuam, sofrerão.

Quando há excesso de hormônios tireoidianos, têm-se o hipertireoidismo. Como o próprio nome diz, há uma hiper atuação, um excesso dos efeitos dos hormônios tireoidianos. E, com isso, todas as ações descritas anteriormente ocorrem exacerbadamente trazendo sérios prejuízos à saúde.

E, no caso de redução, carência de tais hormônios, ocorre o hipotireoidismo. O contrário acontece, os efeitos ficam reduzidos, e traz também malefícios ao organismo.

Bons estudos!!

Leia também: https://blog.jaleko.com.br/qual-livro-de-fisiologia-devo-comprar/

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