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Marcos do desenvolvimento infantil: quais são eles?

2 anos atrás
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por Daniele Longo
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Escrito por Daniele Longo
4.8
(41)

O desenvolvimento infantil é uma característica muito importante e que pode ser observada não só pelo médico pediatra, como também pelos pais e responsáveis pela criança.

Ele irá depender de diversos fatores que estarão interferindo, direta e indiretamente, no crescimento e desenvolvimento daquela criança, ajudando a diferenciar situações normais de desenvolvimento ou até mesmo quando alguns marcos esperados para aquela faixa etária se encontram em atraso.

O desenvolvimento segue uma evolução craniocaudal, começando pela cabeça e segue até chegar aos pés, ocorrendo do centro em direção a periferia. Podem ser divididos em motor, que ainda se subdivide em motor grosso ou fino/adaptativo, linguagem e desenvolvimento pessoal e social.

Período neonatal (28 dias de vida):

Em relação à parte motora, o recém-nato tem os membros completamente fletidos e, se for realizada a tração de seu corpo em direção a seus pais, a sua cabeça tende a ir para trás devido à ausência de tônus cervical nessa idade.

Já quanto à parte adaptativa, a única coisa que a criança tem capacidade de aprender é a fixar a visão. Eles são capazes de fixar o olhar em quem está próximo a ele, começando a se reconhecer como um ser humano.

Nessa idade, é muito comum o relato de nistagmo, pois o nervo oculomotor e os músculos que ele inerva ainda não estão completamente formados, então, a criança não consegue realizar a fixação do olhar.

1 mês de vida:

No primeiro mês de vida, o bebê ainda dorme a maior parte do tempo, seus músculos e seu sistema nervoso central ainda estão em processo de desenvolvimento, sendo assim, sua visão ainda está muito limitada e a criança não é capaz de enxergar perfeitamente, só sendo capaz de enxergar pessoas ou objetos que se encontrem a 30 cm de seu rosto.

Em relação à parte motora, a criança começa a estender levemente os membros inferiores, porém ainda mantém a postura tônico-cervical. Quando em posição prona, ela é capaz de tentar levantar o queixo em alguns momentos.

Por outro lado, a musculatura cervical ainda não é muito tensa e não possui muito volume. No desenvolvimento adaptativo, ela já é capaz de acompanhar o objeto seguindo um ângulo de 90º, até chegar em sua linha média corporal.

Na parte social, há o aparecimento do sorriso, porém não é um sorriso que denota socialidade, mas sim um sorriso como se fosse um reflexo. E, além disso, tende a preferir a face humana.

2 meses de vida:

Com 2 meses a criança já é capaz de levantar a cabeça quando em posição prona. Em relação a parte adaptativa, ela já consegue seguir o objeto por um ângulo de 180º. Na parte social, ela apresenta o sorriso social e, na linguagem, ela começa a vocalizar sons completamente primitivos.

3 meses de vida:

Nessa idade, a criança sustenta a cabeça de maneira pendular. A postura tônico-cervical ainda permanece na maior parte dos momentos. Ela já consegue levantar o queixo, a cabeça e o tronco quando em posição prona, havendo ainda uma sustentação pendular da cabeça.

Ela já começa a enxergar um pouco mais distante com a evolução do seu sistema nervoso central e nervo óptico. Em relação a parte adaptativa, ela vai estender a mão para pegar algum objeto e, em relação à parte social, a criança mantém o sorriso social, ri com mais frequência e é capaz, inclusive, de imitar alguns gestos realizados por seus responsáveis.

Aqueles sons primitivos que ela vocalizava com 2 meses serão aprimorados e, agora, se tornaram sons guturais (fazem grrr), como se você estivesse conversando com ele.

4 meses de vida:

Nessa idade, a postura tônico-cervical desaparece, com isso, a cabeça do bebê tende a ir para o centro de seu corpo e ele é capaz de sustentá-la. Além disso, o tônus de seus membros diminui e o tônus axial sofre um aumento.

Ela já é capaz de realizar a pega cubital (lembre-se de que ela faz o movimento do centro para a periferia). Em relação à parte social, a criança começa a rir alto para chamar a atenção dos seus pais ou responsáveis, podendo até gargalhar.

E, quanto à linguagem, os sons guturais continuam presentes, porém de uma forma evoluída, devido à amplitude bucal maior que o neném vai adquirindo ao longo do tempo.

5 meses:

Quando o bebê atinge os 5 meses de vida, ele já consegue reconhecer as partes do seu próprio corpo. Sendo assim, muitas brincadeiras envolvem levar as mãos à boca e agarrar os seus pés. Sua força nos membros começa a aumentar com o passar do tempo. Quando em posição prona, já consegue apoiar as mãos e levantar a cabeça.

6-7 meses de vida:

Em torno de 28 semanas, a criança já é capaz de rolar sobre os ombros, conseguindo sentar com apoio e realizar a rotação do quadril. Na parte adaptativa, ela consegue fazer a pega radial fechada, passando o objeto de uma mão para a outra, uma vez que ela é capaz de sentir melhor os objetos com que está brincando.

Na parte social, ela prefere a mãe e, em relação à linguagem, ela já dobra as sílabas, pronunciando sons semelhantes a “mama, baba”, os quais chamamos de polissílabos vogais ou lalação.

8 meses:

Com essa idade, o se bebê está muito curioso e segue testando e conhecendo melhor o seu corpo. Quando colocado em posição prona, ele já é capaz de rolar e senta sem ajuda, balançando o corpo quando sentado sobre os seus joelhos.

Quanto ao desenvolvimento do seu sistema nervoso central, seu nervo óptico já se encontra melhor desenvolvido, e ele consegue enxergar de forma mais nítida os objetos à sua frente e melhor distinguir as cores.

9-10 meses de vida:

Em relação à área motora, com 9 meses a criança já consegue sentar sozinha e sem apoio. O bebê se torna móvel, sendo esperado que a maioria das crianças nessa faixa etária seja capaz de se arrastar ou até mesmo engatinhar.

É importante lembrar que nem todas as crianças irão engatinhar e que esse processo é o único que, quando não aparece, pode ser considerado um marco do desenvolvimento normal.

Quando em pé, ela já é capaz de dar alguns passos laterais se escorando em algum apoio, e senta sozinha. Em relação ao adaptativo, ela tem a capacidade de fazer o movimento de pinça entre o dedo polegar e o indicador.

Um detalhe é que a criança não pega o objeto no movimento de pinça, mas sim o pega com a região cubital, passa para a região radial e aí sim faz o movimento de pinça. Quando o objeto é deixado em sua mão por alguns instantes, ela solta-o com força, como se estivesse com raiva.

É a idade da estranheza, a criança tem o hábito de querer somente o colo da mãe, o que torna essa faixa etária um momento importante, pois ela passa a ter medo das consultas com o pediatra, tornando o atendimento um pouco mais difícil na maioria das vezes.

Ela já é capaz de bater palmas, brincar de “cadê” e dar tchau. Quanto à linguagem, ela já fala polissílabos de forma mais precisa.

11 meses:

O bebê de 11 meses já responde aos chamados, reconhecendo o seu próprio nome. Além disso, é esperado que ele consiga bater palmas e dar tchau. Um marco importante é que nessa fase o bebê já conseguirá se alimentar sozinho.

Apesar de movimentos ainda não tão refinados, ele é já capaz de levar a colher à boca na hora das refeições. Já poderá ser capaz de dar alguns passos, ainda que com apoio dos pais.

12 meses de vida:

Nesse momento, esperamos que a criança já levante e ande sozinha com apoio. Em relação à parte adaptativa, ela pega os objetos já com o movimento de pinça e, se por acaso você pedir esse objeto de volta, ela te devolve.

Ela ajuda na hora de vestir-se, levantando os braços e, no desenvolvimento da linguagem, é esperado que ela já fale pelo menos uma palavra.

2 anos:

Aos dois anos, a primeira dentição (ou dentes de leite) do seu bebê já se encontram completos. Ele já consegue dar nome aos objetos e sabe o seu próprio nome, começando, inclusive, a formar algumas frases.

É nessa idade também que começa o controle esfincteriano do bebê, sendo iniciado, aos poucos, o desfralde da criança.

Esse período a criança começa a correr, devendo a nossa atenção ser redobrada para eventuais quedas. Por volta dos 15 meses, ela já brinca e é capaz de empilhar 3 cubos, fazendo uma torre.

3 anos:

Nessa idade, a criança já tem amiguinhos, porém prefere brincar sozinha, consegue se vestir com o auxílio de seus pais, por alguns instantes consegue se apoiar no chão com apenas um pé, e continua na evolução do controle esfincteriano, aprendendo aos poucos a usar o penico e/ou banheiro.

Normalmente, já consegue calçar os sapatos.

4 anos:

Aos 4 anos a criança já tem uma ampla variedade de palavras, em torno de 1.500, sua imaginação está com um poder altíssimo e ela já tem uma facilidade em se comunicar com os seus responsáveis. Ela te conta histórias do que aconteceu no seu dia a dia e no colégio.

O desenvolvimento motor dá um grande salto e está bastante evoluído, sendo capaz de andar de bicicleta, patinete e outras atividades que precise de algum equilíbrio.

Ela é capaz de saltar com um pé só e desenhar um triângulo, assim como a figura humana, ainda que meio desorganizada. Na maioria das vezes, ela já consegue tanto colocar, quanto tirar a roupa.

5 – 6 anos:

Aos 5 anos, começa a fase dos porquês. A criança começa a perguntar aos pais o porquê de tudo, querendo entender o funcionamento de cada coisa que, muitas vezes, não terão resposta.

Com 6 anos, a criança já está completamente integrada nas atividades de vida de sua família e deve ser capaz de desempenhar algumas tarefas domésticas, ela já começa a mostrar suas opiniões e vontades próprias, dizendo, claramente, o que quer ou o que não quer fazer.

Em relação à linguagem, ela já possui uma melhor pronúncia das palavras e é capaz de organizar frases mais complexas, começando, inclusive, a ler sozinha.

Quanto ao desenvolvimento motor, ela já é capaz de utilizar uma tesoura, participa de jogos competitivos, transportar um copo sem derramar o seu conteúdo e fazer um nó.

Conclusão:

Conhecer esses marcos importantes que o seu bebê irá apresentar no primeiro ano de vida é fundamental para o reconhecimento de fatores de risco que estejam interferindo na qualidade do desenvolvimento do bebê e, com isso, o pediatra ser capaz de realizar as modificações necessárias.

Esse reconhecimento precoce por seus responsáveis pode contribuir para o aumento das chances de recuperação do paciente que apresente algum atraso em seu desenvolvimento, sendo a participação parental um fator determinante para a melhora da criança.

Cabe lembrar que esses marcos não são fixos, por isso, se o seu bebê apresentar a ausência de algum deles em determinada faixa etária, é essencial a avaliação pelo médico pediatra para avaliar sinais de alerta para atraso no desenvolvimento.

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