Portal do Jaleko – Conteúdos práticos de medicina para estudantes e médicos
  • Home
  • Especialidades
    • Oncologia
    • Oftalmologia
    • Cardiologia
    • Emergência
    • Infectologia
    • Neurologia
    • Terapia Intensiva
    • Endocrinologia
    • Dermatologia
    • Farmacologia
    • Infectologia
    • Geneticista
    • Geriatria
    • Ginecologia
    • Nefrologia
    • Obstetrícia
    • Anestesiologia
  • Disciplinas
    • 1º ano
      • Microbiologia
      • Imunologia
      • Anatomia
      • Fisiologia
      • Bioquímica
      • Histologia
      • Neurofisiologia
    • 2º ano
      • Neuroanatomia
      • Microbiologia
      • Farmacologia
      • Semiologia
      • Neurofisiologia
    • 3º ano
      • Neuroanatomia
      • Gastroenterologia
      • Endocrinologia
      • Hematologia
      • Oftalmologia
      • Ginecologia
      • Infectologia
      • Anestesiologia
      • Pediatria
    • 4º ano
      • Gastroenterologia
      • Prescrição Médica
      • Hematologia
      • Oftalmologia
      • Ginecologia
      • Infectologia
      • Anestesiologia
      • Clínica Cirúrgica
      • Clínica Cirúrgica
      • Pediatria
    • 5º ano
      • Oftalmologia
      • Anestesiologia
      • Neurologia
      • CTI
    • 6º ano
      • Oftalmologia
      • Anestesiologia
      • Neurologia
      • CTI
  • Tudo sobre Coronavírus
  • Ebooks
  • Nossos Cursos
  • Videos
  • Filmes
  • Faculdades
  • Dicas de estudo
Estude com a melhor plataforma de medicina para estudantes de medicina
4º ano • 5º ano • 6º ano • CTI • Emergência

Como Intervir no Estado de Mal Epiléptico

3 anos atrás
Comentar
por Riane Wanzeler
1,070 Visualizações
Escrito por Riane Wanzeler
4.7
(3)

Você sabe o que é o Estado de Mal Epiléptico? Mais ainda, sabe reconhecer e tratar corretamente? Caso não saiba, a hora é agora de aprender esse assunto tão importante que pode aparecer durante seu plantão nos hospitais de emergência.

O estado de mal epiléptico é uma condição na qual o estado epiléptico se mantém por mais de 30 minutos, ou não há recuperação do estado de consciência, entre 2 ou mais crises. É importante lembrar também que crises com duração maior a 5-10 minutos apresentam baixa probabilidade de cessarem de modo espontâneo. Estimasse que cerca de 90000 pessoas apresentam o quadro por ano no Brasil, é bastante gente, né?  Mas o pior dessa condição eu ainda não falei! A letalidade, dependendo da etiologia e a facha etária, pode chegar a 58% dos pacientes! Sim, é uma condição que quando presente aumenta muito a chance do paciente falecer.

Esse quadro pode ser provocado por mudanças nas drogas antiepilépticas, abstinência a benzodiazepínicos, uso de drogas, infecções ou tumores do SNC, acidente vascular encefálico, malformações ou fístulas do SNC, distúrbios metabólicos, contrastes intravenosos e pré-eclâmpsia.

Um dos problemas dessa condição é que o cérebro torna-se cada vez mais suscetível a ter novas crises de difícil controle toda vez que acontece uma crise epiléptica, cujo controle e retorno ao estado de consciência foi demorado. Tendo isso em vista, o tratamento precoce e efetivo é a melhor forma de prevenir essa condição, bem como seus danos.

O tratamento inicial será sempre garantindo a perviedade das vias aéreas, após isso podemos adotar as medidas medicamentosas necessárias. As causas tratáveis devem ser sempre pesquisadas e prontamente corrigidas, principalmente a hipotensão arterial e a hipoglicemia.  Aliás caso você não consiga medir a glicose deve fazer empírico (40-60 ml de SG 50% IV), lembre-se que além de ser causa de estado epilético a hipoglicemia piora muito o prognóstico cerebral do paciente. Ao repor glicose, muitos autores recomendam adicionar 100mg de tiamina parenteral.

E medicamentos específicos? Bem, a farmacoterapia inicial é com a infusão endovenosa de benzodiazepínicos, com o intuito de interromper as crises. O mais utilizado no Brasil é a infusão de Diazepam na velocidade de 2 mg/min, com dose total de 10-20 mg, até a interrupção das crises. Nos livros textos você vai encontrar a indicação de lorazepam venoso.

A segunda conduta possível deverá ser adotada se não houver sucesso na anterior. A opção possível é com o uso de drogas antiepilépticas de duração prolongada, como a infusão endovenosa de fenitoína. A dose utilizada inicial é de 20 mg/Kg, respeitando a dose máxima de 50 mg/min.

A terceira conduta utilizada em caso de ausência de melhora é o fenobarbital, em infusão endovenosa inicial de 20 mg/Kg, com dose máxima de 75 mg/min. Além disso, é recomendada a administração de uma nova dose de fenitoína após 20 minutos de duração de crise.

Por fim, caso não haja sucesso com nenhuma das etapas anteriores, deve-se optar por sedação com monitorização eletroencefalográfica. Para isso as drogas mais utilizadas são o midazolam e propofol. Caso não haja resolução com todas essas medidas, podemos utilizar ainda uma dose de 1 g de topiramato.

Ao fim do tratamento do estado de mal epiléptico, não se deve esquecer de garantir um tratamento a longo prazo adequado. Tendo isso em vista, é fundamental definir as possíveis causas do quadro atual, a fim de que as intervenções sejam corretas e capazes de prevenir novas crises. O tratamento crônico das crises epilépticas necessita de um acompanhamento com neurologista para ajuste de drogas e doses.

São etapas elaboradas com o intuito de usar adequadamente cada fármaco, bem como obter sucesso rápido na intervenção das crises. Sendo assim, é importante conhecer elas e utilizar corretamente.  Espero que seja muito útil para você no seu plantão. Bons estudos!

Qual o seu sentimento em relação a esse artigo?

Clique na estrela correspondente e avalie de acordo com o impacto!

Avaliação Média: 4.7 / 5. Quantidade de Votos: 3

Este artigo ainda não recebeu nenhum voto. Seja o primeiro a avaliar!

Intervenção MalEpiléptico
Vertigem Posicional Paroxística Benigna: Como diagnosticar e tratar sem sair do ambulatório
Prova tuberculínica: aspectos relevantes do famoso PPD

Você também deve gostar de

A ilustração mostra uma incubadora de UTI neonatal com um paciente recém-nascido. A imagem faz referência às complicações que podem atingir os pacientes nessa fase, inclusive a sepse neonatal.
5º ano • CTI • Especialidades médicas • Pediatria • Terapia Intensiva

Sepse neonatal: o que o estudante de Medicina precisa...

A ilustração mostra um fígado personificado, com olhos, boca, braços e pernas em estilo linear. O rosto tem uma expressão de alcoolizado e o fígado segura uma garrafa amarela com a mão direita. Imagem representativa de hepatite alcoólica.
4º ano • Especialidades médicas • Gastroenterologia • Hepatologia

Direto ao ponto: hepatite alcoólica

Emergência • Especialidades médicas • Internato

Roteiros práticos: Intubação orotraqueal

Olho
3º ano • 4º ano • 5º ano • 6º ano • Especialidades médicas • Oftalmologia

Anatomia do Olho

Ressonância Magnética Cardíaca
6º ano • Radiologia

O papel da ressonância magnética cardíaca nos dias...

Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo
3º ano • 4º ano • Ginecologia • Ginecologia

Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo: Tromboses e...

Sobre o autor

Riane Wanzeler

Ver todos os posts

Deixar comentário. X

Confira os cursos do Jaleko

Cursos de Medicina do Jaleko

Entenda tudo sobre a COVID-19

Dominando o Coronavírus

Categorias

  • 1º ano
  • 2º ano
  • 3º ano
  • 4º ano
  • 5º ano
  • 6º ano
  • Anatomia
  • Anestesiologia
  • Antibiótico
  • Bacteriologia
  • Bioquímica
  • Cardiologia
  • Cirurgia
  • Clínica Cirúrgica
  • CTI
  • Dermatologia
  • Dicas de estudo
  • Dicas Jaleko
  • Disciplinas
  • Ebooks
  • Eletrocardiograma
  • Embriologia
  • Emergência
  • Empreendedorismo
  • Endocrinologia
  • Endocrinologia
  • Especialidades médicas
  • Estágio
  • Eventos de Medicina
  • Faculdades
  • Falar em público e oratória
  • Farmacologia
  • Farmacologia
  • Farmacologia
  • Filmes
  • Fisiologia
  • Flashcards
  • Gasometria
  • Gastroenterologia
  • Genética
  • Geneticista
  • Geriatria
  • Geriatria
  • Ginecologia
  • Ginecologia
  • Ginecologia
  • Hematologia
  • Hepatologia
  • Histologia
  • História da Medicina
  • Imunologia
  • Infectologia
  • Internato
  • Jaleklínico
  • Jaleko WeCare
  • Medicina de Família e Comunidade
  • Medicina do Esporte
  • Medicina do Trabalho
  • Medicina fora da caixa
  • Medicina Integrativa
  • Medicina Interna
  • Medicina Preventiva
  • Microbiologia
  • nefrologia
  • Nefrologia
  • Neuroanatomia
  • Neurofisiologia
  • Neurologia
  • Nutrição
  • Obstetrícia
  • Oftalmologia
  • Oftalmologia
  • Oftalmologia
  • Oncologia
  • Oncologia
  • Ortopedia
  • Otorrinolaringologia
  • Parasitologia
  • Patologia
  • Pediatria
  • Pneumologia
  • Prescrição Médica
  • Psicologia
  • Psiquiatria
  • Quizz
  • R3 Clínica Médica
  • Radiologia
  • Residência
  • Reumatologia
  • Saúde Inova
  • Sem Categoria
  • Semiologia
  • Semiologia
  • Suporte Avançado à Vida
  • Terapia Intensiva
  • Tudo sobre Coronavírus
  • Urologia
  • UTI
  • Vídeos
  • Virologia

Sobre o blog Jaleko Acadêmico

No blog da Jaleko você encontra diversas dicas e orientações para estudar e obter conhecimento prático sobre os principais conteúdos de medicina.

Últimos artigos

  • Diário de bordo da Medicina: internato 12/01/2022
  • Como alimentar um bebê? 20/12/2021

Nuvem de Tags

além da medicina Anamnese anatomia Cardiologia Cirurgia coronavírus covid-19 CTI Câncer depressão dicajaleko dicas de estudo ECG Eletrocardiograma Emergência endocrinologia especialidades clínicas farmacologia fisiologia Gastroenterologia geriatria gestação Ginecologia História da Medicina infectologia internato IST MEDICINA medicina interna microbiologia Movimento Empresa Júnior Neurologia obstetricia Oftalmologia Oncologia Ortopedia paciente patologia Pediatria Prevenção Saúde Inova Semiologia terapia intensiva tratamento virologia

Jaleko Acadêmico · 2019 © Todos os direitos reservados.

  • Home
  • Especialidades
  • Disciplinas
  • Tudo sobre Coronavírus
  • Ebooks
  • Nossos Cursos
  • Videos
  • Filmes
  • Faculdades
  • Dicas de estudo
Share This
  • Facebook
  • Twitter
  • Google+
  • LinkedIn