Como forma de cumprir o nosso dever em melhorar a saúde do país através da educação e conter a disseminação de informações falsas (fake news) sobre o Coronavírus (COVID-19), nós aqui do Jaleko estaremos checando e selecionando as principais notícias veiculadas sobre assunto, para que você que nos lê, seja aluno de medicina ou profissional da saúde, possa se manter informado com credibilidade.
Dica valiosa: O New England Journal of Medicine e UpToDate estão disponibilizando os seus artigos sobre COVID-19 de graça! Uma das maiores revistas de medicina do mundo e o maior portal de tomada de decisão com informações sem cobrar nada!
ÚLTIMAS NOTÍCIAS:
Os anticorpos dos sobreviventes do COVID-19 poderiam ser usados para tratar pacientes, proteger aqueles em risco (Johns Hopkins University)
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Os imunologistas da Johns Hopkins University, assim como os médicos em Xangai, na China, e investigadores da empresa farmacêutica Takeda Pharmaceutical, no Japão, estão trabalhando para reviver um tratamento com infusões de sangue, na esperança de retardar a propagação do COVID-19.
A técnica usa anticorpos do plasma ou soro sanguíneo de pessoas recuperadas da infecção por COVID-19 para aumentar a imunidade de pacientes recém-infectados e de risco de contrair a doença. Esses anticorpos contidos no soro plasmático têm a capacidade de se ligar e neutralizar o vírus SARS-CoV-2.
A proposta, de prática antiga, foi usada em surtos anteriores, incluindo a epidemia de SARS e pandemia de “gripe espanhola” de 1918, com relatos de sucesso.
Transmissão comunitária faz SP e RJ suspenderem aulas e eventos. Pelo mundo, balanço aponta mais de 5 mil mortes por Covid-19. Primeiro paciente infectado no Brasil está curado
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O objetivo estratégico do plano de contingência do coronavírus é intensificar as medidas de segurança para conter a transmissão entre humanos.
Classifica-se como nível 0 quando há apenas confirmação de casos importados de COVID-19.
Nível I, quando há transmissão autóctone de COVID-19 no estado do Rio de Janeiro (confirmação laboratorial de transmissão do COVID-19 entre pessoas com vínculo epidemiológico comprovado; os casos que ocorrerem entre familiares próximos ou profissionais de saúde de forma limitada não serão considerados transmissão local.
Nível II, com a confirmação de transmissão sustentada ou comunitária, ativando leitos para assistência de casos graves.
E, nível III, quando as ações/atividades orientadas para serem realizadas no nível anterior forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta.
Pacientes recuperados da Covid-19 podem ter danos permanentes nos pulmões (Revista Galileu)
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Estudo de coorte em pacientes com recuperação da infecção, feito pelo Hospital de Hong Kong, evidencia alteração da função pulmonar em 20-30%, por conta da fibrose marcada. De acordo com “Radiological Findings of 2019-nCoV Pneumonia PMH Experience”, os principais achados radiológicos são opacidade em vidro fosco (100%), envolvimento de múltiplos lóbulos (100%), distribuição subpleural ou periférica (geralmente, poupa região central) (100%), consolidações (77,8%), espessamento septal (55,6%) e dilatação brônquica e espessamento da parede (55,6%).
RJ pode chegar a 24 mil casos de coronavírus em um mês se medidas de prevenção não forem respeitadas (G1)
Confira o gráfico abaixo! Ele mostra o cenário com e sem medidas preventivas!
ARTIGO QUENTE:
O uso da IECA e BRA na Infecção por Coronavírus
Uma nota publicada em Tha Lancet sugeriu que portadores de doenças cardíacas, hipertensão ou diabetes, que são tratados com medicamentos moduladores da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), têm maior risco de infecção grave por COVID-19.
A fisiopatologia é explicada pelo fato de os coronavírus patogênicos humanos se ligar às células-alvo através da ECA2, expressa nas células epiteliais do pulmão, intestino, rim e sangue. Somado a isso, o uso de inibidores da ECA (IECA) e bloqueadores de receptores da angiotensina II (BRAs) resultar em um feedack positivo, aumentando a expressão da enzima, e facilitar a infecção por COVID-19.
Isso pode ocorrer também com uso de tiazolidinedionas e ibuprofeno, o que justificaria a informação preliminar do percurso da doença ser mais grave na Itália, cujos doentes, em sua marioria, têm adotado este último medicamento em casa.
No entanto, é importante considerar (e investigar) a predisposição genética para um risco aumentado de infecção por SARS-CoV-2, que pode ser devido aos polimorfismos da ECA2.
Até o momento, essa especulação sobre a segurança do tratamento com IECA ou BRA em relação ao COVID-19 não tem uma base científica sólida.
Apesar de existirem evidências de estudos em animais sugerindo que esses medicamentos podem ser bastante protetores contra complicações pulmonares graves em pacientes com infecção por COVID-19, não há dados em humanos.
O Conselho de Hipertensão da Sociedade Europeia de Cardiologia recomenda a continuação do tratamento antihipertensivo com a terapia habitual.
Caso queira se aprender mais sobre a virologia da família Coronaviridae, recomendamos que assista nosso vídeo, em que abordamos todos os detalhes sobre o vírus, incluindo sua estrutura, seu mecanismo de ação, SARS, MERS, diagnóstico e tratamento.
Para mais informações, consulte também o aplicativo “Coronavírus – SUS” (Android e iOS), lançado recentemente pelo Ministério da Saúde, no qual é possível obter informações oficiais, encontrar postos de saúde próximos e mais.
