Introdução
Fala galera, beleza? Hoje falaremos sobre Neoplasias. Eu sei que você já viu os nossos posts sobre como avaliar um paciente homem que chega pra você sem queixas. Pois hoje, nós vamos concluir essa discussão, tratando de uma parte desse atendimento que pode gerar alguma confusão durante a sua prática.
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Veja também: “Homem sem queixas: que doenças crônicas devo procurar?”.
Quais neoplasias rastrear?
Vamos começar com o câncer testicular – o rastreamento para esse tipo de neoplasia não deve ser realizado. Isso porque, como a incidência é baixa, e o tratamento continua sendo bastante efetivo mesmo em fases mais avançadas. Os benefícios da detecção precoce são mínimos, e provavelmente superados pelos danos causados por falsos-positivos e procedimentos invasivos potencialmente danosos em lesões que serão benignas.
Passando para o câncer de pele, não existem evidências acerca dos benefícios de realização, seja de um exame completo de corpo inteiro da pele feito por um médico, seja da realização de um autoexame na busca da detecção precoce de lesões malignas de pele. Portanto, essa é outra neoplasia para a qual não é preconizado screening em homens assintomáticos.
O Câncer de Próstata
Agora, vamos abordar uma neoplasia onde as discussões são algo controversas: o câncer de próstata. Nestes casos, resultou em “super-diagnóstico” e “super-tratamento”, de lesões que eram clinicamente insignificantes. Expondo os pacientes a procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
Dessa forma, a AAFP recomenda que o screening com dosagem sérica do PSA, em indivíduos entre 55 e 69 anos, tenham a relação risco x benefício pesada antes de sua realização. Sendo a decisão tomada baseada na presença de fatores de risco, e levando em consideração as preferencias e vontade do paciente, de forma individualizada. Além disso, o screening não deve ser realizado em indivíduos com 70 anos ou mais.
A próxima neoplasia abordada no artigo é o câncer colorretal, onde o rastreamento já está bem estabelecido. Este deve ser realizado em homens compreendidos na faixa etária entre 50 e 75 anos.
Tratamento
E como deve ser feto esse rastreamento? Segundo o American College of Gastroenterology, por meio de colonoscopia a cada 10 anos; caso esta não esteja disponível, pode ser substituída por retossigmoidoscopia flexível a cada 5 a 10 anos. Ou até mesmo colonografia por tomografia computadorizada a cada 5 anos.
Por fim, a última neoplasia citada no artigo como relevante para discussão, no contexto do nosso paciente homem assintomático, é o câncer de pulmão, o qual é a principal causa de morte por câncer prevenivel nos Estados Unidos, tendo como principal fator de risco o tabagismo.
Para a AAFP, não existem evidências que falem contra ou a favor da realização do screening para a neoplasia de pulmão. Ela recomenda a realização do rastreio anual da neoplasia, com tomografia computadorizada, para pacientes com idade entre 55 e 80 anos.
Conclusão
Dessa maneira, nós terminamos a nossa série de posts discutindo como manejar os nossos pacientes homens que chegam para nós, sobretudo no contexto da atenção primária, absolutamente assintomáticos e bem. Já sabe agora como lidar com essa situação na sua prática? Fica de olho nas novidades do nosso blog, e até a próxima!
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