O japonês Yoshinori Ohsumi recebeu o prêmio Nobel de Medicina pelas suas descobertas sobre o fenômeno da autofagia.
Sua pesquisa permite uma melhor compreensão de doenças como Parkinson e câncer até mecanismos implicados na medicina do esporte.
A autofagia consiste no sequestro de porções danificadas das próprias células com sua digestão subsequente pela organela chamada lisossomo. Sabia-se que esse processo ocorria durante o desenvolvimento normal dos organismos e que hormônios e nutrientes influenciavam na sua ativação e/ou inibição. Porém, o quão importante é esse processo para a sobrevivência do indivíduo e se ele possui alguma influência no aparecimento de doenças continuava um grande enigma.
Yoshinori catalogou não somente o grupo de genes responsáveis pela autofagia como também explicou melhor sua relação com seus fatores ativadores e inibidores. Percebeu, por exemplo, que o jejum era um importante ativador deste mecanismo enquanto nos períodos após as refeições o processo era intensamente bloqueado.
Além disso, organismos com mutações nos genes responsáveis pela autofagia tinham uma expectativa de vida muito menor, inclusive com o maior desenvolvimento de neoplasias.
Então, já que a autofagia previne o aparecimento de câncer além de ser importante para se viver mais e o jejum é um importante ativador, podemos afirmar que jejuar é melhor que comer de 3 em 3 horas, certo?
Vamos com calma…
O que se pode concluir do Nobel é que a autofagia é indispensável, em alguns momentos, para o desenvolvimento adequado do corpo humano.
Entretanto, concluir que jejum intermitente é mais eficaz no emagrecimento, hipertrofia muscular e até prevenção de doenças quando comparado com outras estratégias é inadequado. Mais uma vez… O Nobel destaca sua importância, mas não afirma sua superioridade quanto aos outros métodos.
Esse título não é de minha autoria, mas de um jornal de grande impacto. Percebam que nem sempre o que é o MAIS VERDADEIRO é o que MAIS VENDE.
E que, frequentemente, a evidência é extrapolada pelas grandes mídias para se tornar mais impactante. Se você achou interessante o assunto e gostaria de saber mais sobre o que a evidência científica diz sobre o tema, comenta aí!
Por Dr. Felipe Barreto
Professor do Jaleko
Excelente artigo. Meus parabéns!
Obrigado, Mateus! Obrigado pelos comentários, continua acompanhando as nossas postagens!
Depois que descobri o jejum intermitente ele mudou minha vida. Hoje me sinto mais saudável e com mais disposição. Com ele emagreci 10kgs. Hoje estou na manutenção mais mudei meus hábitos alimentares e de vida. Sou adepta.
Meire, ficamos super contentes em saber que o jejum intermitente resolveu o seu caso! Para nós, não há satisfação maior do que ter a certeza de que as pessoas estão se tornando mais saudáveis.