Introdução
E aí, pessoal, tudo certo? Esse ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou em seu site um pequeno artigo, falando sobre aquelas que são consideradas as 10 principais ameaças para a saúde global neste ano. E nós vamos expor e discutir quais são essas ameaças agora nesse post.
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Poluição do ar e mudanças climáticas
A primeira ameaça à saúde colocada pela OMS é a poluição do ar – e isso não é por acaso: esse é considerado o principal risco ambiental à saúde no mundo, já que aproximadamente 90% da população mundial respira ar poluído, o qual pode ser associado a inúmeras condições como neoplasias, AVE, doenças pulmonares e cardíacas, bem como a aproximadamente 7 milhões de mortes prematuras, sobretudo em países de baixa renda per capita.
Além disso, tanto a poluição aérea quanto as mudanças climáticas podem ser associadas à mesma causa primária principal: a queima de combustíveis fósseis. Para contribuir na melhoria desses números alarmantes, a OMS organizou uma conferência global no fim de 2018, a fim de obter garantias de implementação de estratégias para elevar a qualidade do ar de forma mundial.
Doenças não-transmissíveis
Outro grupo de doenças no qual a OMS pretende se concentrar nesse ano de 2019 são as doenças não-transmissíveis, como neoplasias, diabetes e doenças cardiovasculares, as quais reunidas são responsáveis por até 70% das mortes ao redor do mundo. Tais doenças são relacionadas a 5 fatores de risco principais citados pelo artigo: tabagismo, sedentarismo, abuso de álcool, dieta inadequada e poluição do ar.
O foco da OMS no combate a essas condições neste ano vai se basear na luta contra o sedentarismo, na tentativa de alcançar o alvo global de reduzir a proporção de indivíduos sedentários no mundo para apenas 15% em 2030.
Pandemia global influenza
O risco de uma nova pandemia pelo vírus influenza é uma ameaça constante para a saúde global – a preocupação é tão grande que a OMS monitora constantemente a circulação dos vírus para detectar potenciais indícios.
Além das recomendações para vacinação anual contra a gripe, a fim de evitar surtos sazonais da doença, a OMS também ressalta a importância de parceiros que colaborem no sentido de permitir acesso igualitário e efetivo ao diagnóstico, vacinas e medicações antivirais quando indicadas, sobretudo em países em desenvolvimento, como armas para enfrentar tal problema de saúde global.
Indivíduos expostos a condições de vulnerabilidade
Segundo dados da própria OMS, cerca de um quarto da população mundial vive em ambientes marcados por crises das mais variadas causas, as quais têm em comum o fato de se associarem a fracos serviços de saúde, que acabam privando essas pessoas do acesso até mesmo aos cuidados mais básicos, de modo que um dos objetivos traçados para este ano é de trabalho conjunto para fortalecer estes sistemas de saúde, de modo a aumentar suas capacidades de resposta a surtos de doenças, bem como oferecer assist6encia de qualidade, como imunização contra determinadas doenças, por exemplo.
Resistência a antimicrobianos
Outra questão destacada pela OMS como a ser combatida em 2019 é o uso indiscriminado de antimicrobianos, tanto para tratamento humano como em animais, sobretudo da indústria alimentícia, levando cada vez mais ao surgimento de patógenos multirresistentes, cujo tratamento torna-se cada vez mais difícil. Uma medida de combate a essa questão proposta pela OMS é um plano global de encorajamento ao uso prudente dessas medicações.
Ebola e outros patógenos altamente ameaçadores
A OMS alerta também nesse artigo sobre o risco de surgimento de um surto por um patógeno altamente ameaçador como o Ebola, e o seu potencial de gerar uma situação de emergência em saúde pública, ao citar a ocorrência de 2 surtos dessa doença em cidades com mais de 1 milhão de habitantes no Congo no ano de 2018. Em combate a essas ameaças, a OMS busca ampliar o conhecimento e desenvolvimento de tecnologias de combate a doenças com alto potencial de ameaça, como o Ebola, o MERS-CoV, a SARS, entre outras doenças.
Fraco serviço de atenção primária
o sistema de atenção primária em geral é o primeiro ponto de contato das pessoas com o sistema de saúde, e deve ser capaz de atender à grande maioria das demandas de saúde de uma população ao longo da vida, de maneira que uma forte atenção primária é fundamental para uma cobertura universal de saúde de um povo. Sobretudo em países de baixa renda, é frequente um serviço de atenção primária insuficiente. Com isso, uma das medidas propostas pela OMS é de fortalecer e revitalizar a atenção primária pelas nações, conforme compromissos assumidos na conferência global realizada no Cazaquistão em outubro de 2018.
Hesitação para vacinações
por variadas razões, que vão desde falta de confiança no método, inconveniência de acesso aos serviços até complacência dos familiares, a relutância em realizar a vacinação a despeito da oferta das mesmas têm crescido pelo mundo, o que eleva o risco de reemerg6encai de doenças anteriormente controladas, graças a adequada cobertura vacinal, como o sarampo, que teve um aumento de 30% no número de casos no último ano pelo mundo. Com isso, é papel dos profissionais de saúde, localmente, ser o alerta da importância, bem como oferecer confiança e credibilidade à vacinação.
Dengue
Essa doença, que inclusive é endêmica do nosso país, (assim como outras arboviroses como a febre amarela) também entrou nesse alerta de ameaças da OMS, por um motivo simples: têm sido uma ameaça constante em países tropicais, e atualmente conseguiu gradativamente se expandir em direção a países de clima mais temperado, onde não era usualmente encontrada. Por conta disso, a OMS apresentou a sua estratégia de controle da dengue, onde objetiva reduzir as mortes pela doença no mundo em 50% até 2020.
HIV
Por fim, na lista de ameaças globais à saúde, a OMS coloca o HIV, que embora tenha apresentado progressos significativos em termos de testagem de indivíduos sob risco, bem como da oferta de medicação antirretroviral e medidas preventivas, como a profilaxia pré-exposição, a epidemia continua pelo mundo, sendo um desafio particular em determinadas populações, como encarcerados, profissionais do sexo, população transgênero, entre outros. Dessa forma, a OMS mantém suas atenções para os programas de testagem e oferta de tratamento como forma de melhorar cada vez mais os índices relacionados a essa condição.
Com isso, nós como profissionais de saúde, podemos ter noção da importância de cada uma dessas condições em termos de saúde pública global, e como a OMS pretende intervir pontualmente em cada um desses casos, para cada vez mais oferecer saúde de qualidade para todos, sobretudo aqueles que mais precisam ao redor do mundo.
Entrem na plataforma, fiquem ligados no nosso blog para os próximos posts, e até a próxima!
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