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Gangrena: uma evolução do processo necrótico

1 ano atrás
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por Joyce Fernandes
7,949 Visualizações
Escrito por Joyce Fernandes
4.8
(29)

A gangrena é um tipo especial de evolução do processo de necrose. As características vão depender de vários fatores como: velocidade de instalação do processo, causa, e o aspecto morfológico final do quadro.

Há alguns tipos de gangrena, como a gangrena úmida, gangrena seca e gangrena gasosa.

As principais causas da gangrena são: isquemia e infecção (ação bacteriana), e patologias que dificultem o fluxo sanguíneo. Acometem principalmente os membros inferiores.

Os fatores de risco para o desenvolvimento de gangrena são: tabagismo, alcoolismo, lesão traumática (como esmagamento), congelamento, queimaduras, diabetes mellitus, aterosclerose, feridas infecciosas pós cirúrgicas, coágulos sanguíneos, entre outros.

Por trás da gangrena, há um tipo de necrose presente. A necrose de coagulação. Causada por isquemia em todo o organismo, exceto no sistema nervoso central. O processo isquêmico leva à necessidade de realizar respiração anaeróbica para produção de energia. Esse processo de respiração, produz ácido lático, que, então, se acumula, tornando o pH intracelular mais ácido, e isso provoca desnaturação proteica e morte tecidual por necrose.

No caso da gangrena, após o processo necrótico ou durante, outros fenômenos adicionais acontecem, e provocam os diferentes tipos de gangrena.

E, agora, vamos aos tipos principais de gangrena.

Gangrena úmida

Ocorre, inicialmente, uma obstrução do fluxo sanguíneo, e um processo de necrose se instala rapidamente.

As alterações nucleares acontecem (picnose, cariorrexe e carólise).

O processo acontece em diversas ocasiões, como em feridas traumáticas graves, evolução de apendicite e colecistites graves, evolução de pneumonias, torções de alças intestinais (a isquemia das alças leva a uma translocação bacteriana), e trombose de artérias mesentéricas, pelo mesmo motivo do anterior.

A necrose é tão rápida que o tecido não chega a perder muita água.

Então, o tecido necrosado sofre contaminação por bactérias saprófitas, que digerem o tecido, deixando-o amolecido, e por isso é conhecida como gangrena úmida.

Macroscopicamente, podemos observar edema, e a aparência de um tecido “molhado”. A separação entre tecido necrosado e tecido saudável é visível.

Alguns sintomas estão presentes como alterações na coloração da pele, dor seguida de dormência e perda de sensibilidade local, e odor fétido.

O tratamento precisa ser realizado rapidamente, pois a gangrena úmida possui potencial para se espalhar rapidamente, ocorrendo uma disseminação bacteriana, choque séptico e morte.

Gangrena seca

Ocorre principalmente por frio e congelamento. Outras causas patológicas são gesso e bandagens muito apertadas dificultando o fluxo sanguíneo. E há ainda causas fisiológicas para a ocorrência de gangrena seca, que é o que ocorre no coto umbilical (você já tinha parado pra pensar nisso?!).

Há uma redução de fluxo sanguíneo, e isquemia, como na gangrena úmida, porém o tecido desidrata.

A área necrótica perde água para o ambiente, ao contrário da gangrena úmida. Essa desidratação faz com que a aparência seja retraída, seca, e com aspecto mumificado.

A coloração do tecido da gangrena seca é negro, decorrente de alterações da hemoglobina.

Gangrena gasosa

A gangrena gasosa ocorre também após um processo necrótico por isquemia, porém o tecido necrótico é invadido por bactérias do gênero Clostridium (C. botulinum, C. tetani, e C. perfrigens). A espécie mais associada é o Clostridium perfrigens.

Figura 1: Imagem microscópica da bactéria Clostridium perfrigens.

As bactérias do gênero Clostridium são bactérias gram positivas, em forma de bastão, e anaeróbias estritas, porém consegue tolerar o ar. Se prolifera principalmente em locais apodrecidos.

Essas bactérias produzem exotoxinas e gases. As exotoxinas contribuem para o processo de necrose.

A gangrena gasosa também é uma emergência médica, pois o tecido contaminado deve ser desbridado rapidamente, para que haja o controle de sinais e sintomas sistêmicos, uma vez que as toxinas produzidas pelo Clostridium podem acarretar em diversas alterações como hemólise, vasoconstricção (reduzindo a perfusão) e aumento da permeabilidade celular.

O tratamento é feito retirando todo o tecido necrosado, e pode ser necessário inclusive, realizar amputação do órgão/ membro acometido. Seguidamente, o paciente deve ser tratado com antibióticos e analgésicos.

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