Introdução
O Commotio cordis é um fenômeno relatado desde os anos 1700, porém, com a incidência ainda desconhecida, tratando-se de uma morte súbita por arritmia cardíaca provocada pelo impacto de um objeto contra o lado esquerdo do tórax. A maioria dos pacientes que são acometidos são jovens e homens, sobretudo com média de 15 anos.
O fenômeno ocorre com base em três pilares básicos :
- Obrigatoriamente deve ocorrer na região da silhueta cardíaca.
- A velocidade do impacto também possui uma relação. Impactos acima de 40 mph possuem mais de 70% da chance de ocorrer.
- O mais importante fator é o momento do impacto. É necessário que ocorra nos primeiros 20 a 40 milésimos de segundo na fase de repolarização cardíaca (fase inicial da onda T no eletrocardiograma).
Quando associados esses fatores, há a possibilidade de desenvolver uma fibrilação ventricular. A fibrilação ventricular é um dos ritmos de parada cardíaca. Logo, esse paciente deve ser abordado imediatamente para o inicio das manobras de ressuscitação.
O impacto ativa canais de potássio dependentes de ATP, sem que haja interação ativa dos canais de cálcio. Lembrando que a contração cardíaca é em geral movida por canais de cálcio. Uma vez que eles não são ativados e os de potássio, por outro lado, encontram-se ativos, há uma desregulação do potencial mioelétrico, levando a uma Fibrilação Ventricular.
Os cenários mais típicos ocorrem na prática esportiva, quando há impacto de uma bola direto de um indivíduo sob o outro associado aos pilares básicos. Esportes como Tênis, Rugby, Baseball e até no futebol podem criar o processo de degeneração.
A clínica é baseada na parada cardiorrespiratória. Há a síncope imediata e parada da respiração. Faz-se então necessária o início do suporte básico de vida.
Depois dessa leitura, evite sempre que alguém impacte em seu tórax durante da fase de repolarização cardíaca!
Depois dessa leitura, evite sempre que alguém impacte em seu tórax durante da fase de repolarização cardíaca!
Saiba também sobre outro caso de emergência potencialmente fatal: A Síndrome Coronariana Aguda Sem supra-ST (SCA-SSST)
