Eai pessoal do Jaleko!! O coração (esse órgão que tanto sofre hahaha) é a nossa bomba propulsora, que “bombeia” o sangue de 60 a 100 vezes por minuto, e assim mantém todo o organismo, desde os órgãos até a pele do seu dedo, recebendo o adequado suprimento sanguíneo. Incrível né?!! Mas você já parou pra pensar COMO e POR QUE o coração faz isso? Isso é um ponto importantíssimo né, saber como o nosso coração faz isso, e tão rapidamente.
E, é sobre isso que falarei hoje, sobre a sequência de eventos elétricos e mecânicos que ocorrem no coração em um ÚNICO batimento.
O início do ciclo cardíaco se dá quando os átrios estão em diástole (“se enchendo” – o músculo cardíaco está relaxado), os ventrículos acabaram a sístole (contração do músculo cardíaco e ejeção do sangue) e as válvulas atrioventriculares estão fechadas. Como os ventrículos acabaram a sístole agora, a pressão ventricular é muito baixa. Já os átrios estão se enchendo de sangue, e então a pressão atrial está aumentando. Essa fase é chamada de RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO VENTRICULAR.
A segunda fase, é o início da diástole ventricular, o ENCHIMENTO VENTRICULAR RÁPIDO. Ocorre quando o átrio termina seu enchimento e então a pressão atrial é muito maior do que a pressão ventricular. Sendo assim, por gradiente de pressão as válvulas atrioventriculares se abrem e o sangue entra rapidamente nos ventrículos, ocorrendo então um enchimento passivo.
A terceira fase que é o ENCHIMENTO VENTRICULAR LENTO, ocorre quando parte do sangue dos átrios já passou os ventrículos e com isso a pressão atrial reduziu um pouco e a pressão ventricular aumentou um pouco, e com isso o gradiente de pressão reduziu. Então o sangue passa mais lentamente para os ventrículos.
A segunda e a terceira fase correspondem ao enchimento ventricular passivo, e são responsáveis por cerca de 70% do volume ventricular.
Após a terceira fase, a pressão ventricular e atrial se igualam, não havendo portanto gradiente de pressão e consequentemente não há também enchimento passivo. Então, na quarta fase do ciclo cardíaco, os átrios entram em sístole, para ejetar os 30% restantes para o ventrículo. Essa fase é chamada de SÍSTOLE ATRIAL.
Agora, já passados os 100% do volume sanguíneo para os ventrículos, a pressão ventricular é maior que a pressão atrial (já que o átrio ejetou todo seu sangue para os ventrículos). O sangue, por gradiente de pressão, tende a querer voltar para os átrios, já que vai do local de maior pressão para o de menor pressão. Porém, as válvulas atrioventriculares se fecham, e o sangue que tentava voltar para os átrios “bate” nas válvulas e gera então a primeira bulha cardíaca (B1) – o “TUM”. Essa fase (5ª) é o FIM DA DIÁSTOLE VENTRICULAR.
Sendo assim, o ventrículo se encontra cheio de sangue, e precisa ejetá-lo. Mas, para isso precisa vencer a pressão das artérias aorta (ventrículo esquerdo) e pulmonares (ventrículo direito). Então, os ventrículos realizam a CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA VENTRICULAR. Nessa sexta fase, o objetivo é vencer a pressão arterial e abrir as válvulas semilunares (aórtica e pulmonar).
Após a abertura das válvulas semilunares, tem inicio a ejeção, onde os ventrículos ejetam o sangue, para artéria aorta e para as artérias pulmonares. É a FASE DE EJEÇÃO (7ª), o débito sistólico.
Com a ejeção, na fase do TÉRMINO DA SÍSTOLE VENTRICULAR (8ª), a pressão ventricular reduz, enquanto a pressão aórtica aumenta. Devido ao gradiente de pressão as válvulas semilunares se fecham, e ocorre então a segunda bulha cardíaca (B2) – o “ TÁ”.
E assim se encerra o ciclo cardíaco. Dá pra acreditar que tanta coisa assim ocorre em 1 segundo ou menos?? Bizarro né!!
Então é isso pessoal, espero ter contribuído com o estudo de vocês e até a próxima!!
Aqui é a Paula Miranda, eu gostei muito do seu artigo seu conteúdo vem me ajudando bastante, muito obrigada.
Obrigado pelo comentário! Continue acompanhando as nossas postagens.