No dia 17 de outubro, é comemorado no Brasil, o Dia Nacional da Vacinação, instituído pelo Ministério da Saúde e que visa conscientizar a população sobre a importância de se vacinar.
Hoje, mais do que nunca, esperamos ansiosos pela produção de uma vacina eficaz, mas, sabemos que nem todas as pessoas compartilham tal desejo, visto a redução dos níveis de cobertura vacinal nos últimos anos.
Hoje vamos conhecer o percurso das vacinas em nosso país, e o que está sendo realizado nesse momento, como os calendários vacinais vigentes.
O que são as vacinas?

As vacinas são preparados biológicos que contêm partículas de determinado microrganismo e ao ser inoculada visa estimular o desenvolvimento de uma resposta imunológica contra aquele agente, para que assim, em um contato futuro já exista uma resposta “pronta” e o organismo elimine rapidamente tal microrganismo, não chegando a desenvolver a doença.
Existem diversas formas de preparação de uma vacina como: vacinas atenuadas, vacinas inativadas (celular e acelular), vacinas de mRNA e vacinas produzidas por vetores.
No artigo sobre o Dia Mundial da Imunização você encontra todas essas informações sobre as vacinas. Nesse artigo você também encontra informações sobre as fases de desenvolvimento das vacinas.
E hoje, comemorando o “Dia D”, o dia nacional da vacinação, vamos rever um pouco do que aconteceu ao longo dos anos em nosso país, até chegarmos ao momento atual.
A história da Vacinação no Brasil
Apesar desse primeiro fato não ter ocorrido no Brasil, é essencial falarmos sobre onde e como tudo começou.
A primeira vacina
A história tem início no século XVIII, quando Edward Jenner iniciou os seus estudos a respeito de uma doença altamente letal na época, a varíola. Existia a varíola humana e a varíola bovina, e Jenner observava que, aqueles que ordenhavam vacas e já haviam contraído a doença do animal, não contraíam a varíola humana.
A partir dessa observação, Jenner extraiu o líquido de uma pústula de uma ordenhadora que estava com varíola bovina e inoculou em um menino. O menino contraiu a doença de forma branda e foi curado.
Continuando sua pesquisa, Jenner inoculou no mesmo menino o líquido extraído de uma pústula de varíola humana, e o menino não desenvolveu a doença, ou seja, estava imune.
Porém, o estudo de Jenner foi considerado inconsistente e ainda ridicularizado. Apenas 2 anos depois, em 1798, o trabalho foi publicado, e ai se iniciava o reconhecimento e adoção da vacina.
Em pouquíssimo tempo, a vacina se tornou mundialmente conhecida e adotada.

A chegada da vacina no Brasil
Em 1804, a vacina contra a varíola chegou ao Brasil, sendo trazida pelo marquês de Barbacena. Porém, ainda existia muito medo e desconhecimento dos possíveis efeitos.
A revolta da vacina

Nos anos de 1900 e 1901, sob a direção de Oswaldo Cruz, um médico que havia assumido as questões de saneamento da capital Rio de Janeiro, foram criados dois Institutos no Brasil: O Instituto Soroterápico no Rio e Janeiro (atual Fiocruz) e o Instituto Serumtherápico em São Paulo (atual Instituto Butantan).
E 2 anos após a criação dos institutos, cerca de 100 anos depois da chegada da vacina no Brasil, aconteceu a conhecida Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro, uma cidade que alojava inúmeras doenças infecciosas, inclusive a varíola. Assim, em 1904, Oswaldo Cruz introduziu a obrigatoriedade da vacina.
E para garantir que todos se vacinassem, instituiu condições para matrículas em escolas, obtenção de empregos, viagens, hospedagens e casamentos, além do pagamento de multa por quem não se vacinasse.
Porém, a população já insatisfeita com outras situações do governo, não aceitou tal obrigatoriedade, e iniciaram o movimento antivacina contra a varíola, a Revolta da Vacina. O resultado da revolta foi a retirada da obrigatoriedade da vacinação.
O projeto de erradicar a varíola foi interrompido, e então, novas campanhas se iniciaram.
Vacina BCG
Na França, León Calmette e Jean-Marie Guérin, ao longo de alguns anos desenvolveu a vacina BCG, utilizando a o bacilo Mycobacterium bovis. A vacina chegou ao Brasil e em 1927 iniciou-se a vacinação contra a tuberculose, uma doença de alta prevalência no país, especialmente em grandes centros como o Rio de Janeiro.
A eliminação da febre amarela urbana no Brasil
Outra meta de Oswaldo Cruz era erradicar a febre amarela, pois era uma das doenças que mais matavam na época, juntamente à varíola. Assim, eram realizadas medidas bruscas de saneamento a fim de eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti.
Os agentes invadiam as casas para eliminação de tais focos. A epidemia de febre amarela foi erradicada em 1907, e desde 1920 não ocorreram surtos epidêmicos da doença. Em 1942 foi realizado o último registro de transmissão do vírus em uma cidade brasileira. Assim, o ano de 1942, marca o fim da transmissão urbana de febre amarela.

Campanha de Erradicação da Varíola

Aquele antigo projeto de erradicar a varíola, retornou em 1966. Com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) que estimulou a intensificação das campanhas para controlar a doença nos países endêmicos, como o Brasil. A Campanha de Erradicação da Varíola (CEV) substituiu a Campanha Nacional.
A CEV contava com 4 etapas, incluindo a vacinação em massa da população, que ocorreu em locais públicos como praças e escolas. A CEV foi um sucesso e em1973 o Brasil recebeu a certificação da erradicação da varíola.
Criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
O PNI foi idealizado e implantado pelo Ministério da Saúde em 1973, programa importantíssimo no contexto de saúde pública e que busca prevenir doenças por meio da vacinação.
Várias vacinas já são incluídas no programa e essa evolução é constante, buscando cada vez mais a redução de agravos por medidas de imunização ativa.
Esse programa é reconhecido e é considerado um dos maiores do mundo.
Campanha de Vacinação Contra a Meningite Meningocócica
Em 1975, iniciou-se no Brasil a Campanha de vacinação contra a meningite meningocócica, visto que, na década de 1970 o Brasil enfrentou uma grande epidemia da doença principalmente nas regiões mais pobres e sem infraestrutura.
A amplitude do acontecimento foi tão grande que escolas que tinham casos da doença foram fechadas, construíram-se hospitais de campanha e até mesmo os jogos Pan-americanos de 1975 que aconteceriam em São Paulo, foram realocados para a Cidade do México.
Diante da situação, o Brasil importou milhões de doses da vacina, e em 1975 iniciou-se a vacinação contra a meningite meningocócica.
Campanha de vacinação contra a Poliomielite
No final de 1979 e início de 1980, houve uma grande epidemia de poliomielite no sul do país (Santa Catarina e Paraná), o que obrigou o governo a propor soluções. Assim, foi instituído o dia da vacinação abrangendo as crianças de zero a cinco anos de idade.
A campanha trouxe resultados muito positivos, a redução do número de casos foi enorme. E, alguns anos depois, em 1989, foi registrado o último caso de poliomielite, no município de Souza, na Paraíba, e em 1994, o Brasil recebeu o certificado de erradicação da poliomielite.
A campanha se repete anualmente, pois sabemos que a cobertura vacinal deve ser mantida em níveis satisfatórios (quanto maior a cobertura, melhor), pois isso bloqueia a circulação do vírus. Países que após a erradicação suspenderam a vacinação tiveram a reintrodução da doença.
Um ponto positivo da campanha contra a poliomielite é a vacinação oral, e a OMS considera que essa é a única forma de viabilizar a erradicação global da doença.

Plano de eliminação do Tétano Neonatal
O tétano neonatal é uma doença com grandes taxas de mortalidade, segundo a OMS em 1988 o tétano neonatal matou cerca de 787.000 recém nascidos, e já em 2015, cerca de 34.000 recém nascidos morreram pela infecção.
Diante desses números, precisamos nos lembrar que, o tétano neonatal é uma doença que pode ser prevenida por meio da vacinação.
Assim, em 1992 foi instituído o Plano de Eliminação do tétano neonatal, estimulando a vacinação de mulheres em idade fértil, 15 a 49 anos, pela vacina dupla adulto (tétano e difteria) disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2006, o tétano foi eliminado como um problema de saúde pública no Brasil.

Plano Nacional de eliminação do Sarampo
Também em 1992, foi instituído o Plano Nacional de Eliminação do Sarampo. O sarampo é uma doença infectocontagiosa que acomete especialmente crianças, tendo uma alta morbimortalidade em menores de 5 anos.
Em São Paulo a vacinação contra o sarampo se iniciou previamente, em 1987, em uma campanha conhecida como catch up, que foi recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Porém, perceberam que tal campanha não seria suficiente para controlar e muito menos para erradicar a doença.

Então, foi criado em 1992 o Plano Nacional de Eliminação do Sarampo, e o Ministério da Saúde promoveu a vacinação em todos os estados, buscando a imunização principalmente de crianças e adolescentes, na faixa etária de nove meses a 14 anos de idade.
Em todos os estados foi utilizada a vacina monovalente contra o sarampo. Com exceção de São Paulo que, nesse momento, reiniciava a campanha de vacinação, utilizando para tal a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).
Em 1995, a vacina monovalente foi substituída pela tríplice viral.
Operação Gota
Sabendo que o nosso país possui um enorme território e diferentes realidades, era necessário levar a vacinação além dos grandes centros e lugares de mais fácil acesso.
Por isso em 1993 foi instituído a Operação Gota, levando a imunização a locais de difícil acesso, além de levar a populações indígenas, por exemplo.
Essa ação se estende até os dias atuais, visando controlar e manter a eliminação ou erradicação de doenças imunopreveníveis em todo o território brasileiro.
Campanha Nacional da vacinação contra a gripe
A primeira campanha de vacinação contra a gripe comum foi realizada em 1999 com o objetivo de imunizar pessoas acima de 65 anos (idosos).
A campanha buscava reduzir os índices de hospitalização e mortes decorrentes de gripe.
A vacinação contra a gripe comum é realizada anualmente, contemplando os grupos prioritários: idosos com mais 60 anos, crianças de 6 meses a 6 anos, gestantes e puérperas, povos indígenas, trabalhadores da área da saúde, professores, indivíduos portadores de doenças crônicas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que estejam sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários o sistema prisional, profissionais da segurança e de salvamentos (policiais e bombeiros), e caminhoneiros e profissionais de transporte coletivo e portuário.

Vacina contra hepatite B
Em 1998, a vacina contra hepatite B passou a ser aplicada nas crianças com menos de 1 ano de idade em todos os municípios.
Vacina contra febre amarela e vacina contra o Haemophilus influenzae b (Hib)
A vacina contra febre amarela, em 1999, foi incluída no calendário vacinal.
E você pode se perguntar: Mas a transmissão da febre amarela não havia sido finalizada em 1942? Sim, a febre amarela no meio urbano que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi registrada pela última vez em 1942, porém, a transmissão silvestre ainda acontece, ou seja, outros mosquitos como o Haemagogus e Sabethes, transmitem o vírus para macacos.
Se um indivíduo não vacinado entra em uma região que possui tais mosquitos contaminados, ele pode ser contaminado e contrair a doença.
Por isso, desde 1999 a vacina foi incluída no calendário e é realizada a vigilância de mortes de macacos por febre amarela, pois isso indica a presença do vírus na região, e assim medidas precisam ser tomadas para evitar que a doença chegue à cidade.
A vacina contra o Haemophilus influenzae b foi introduzida visando controlar o agente frequentemente encontrado em casos de meningites em crianças.
Vacina tetravalente
Em 2002, a vacina tetravalente que fornece proteção contra difteria, tétano, coqueluche e Hib, foi introduzida, sendo realizada aos 2, 4 e 6 meses de vida.
Calendários
Em 2004, foram instituídos os calendários de vacinação, da criança, do adolescente e do adulto.
Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola
A vacinação para rubéola iniciou-se em 2001, porém de forma menos intensa.
Em 2008, ocorreu uma grande campanha contra a rubéola, sendo vacinados 67,8 milhões de homens e mulheres, na faixa etária de 20 e 39 anos.

Calendário de Vacinação Indígena
Em 2010, foi instituído o calendário vacina para a população indígena.
Introdução da Vacina Pentavalente e da VIP
Em 2012 foi incluída no calendário de vacinação infantil, a vacila pentavalente (que inclui a DTP – difteria, tétano e coqueluche -, Hib, e hepatite B).
Além disso, no mesmo ano, foi incluída a VIP (Pólio com vírus inativado), sendo realizada em 2 doses, e posteriormente, mantêm-se 2 doses da VOP oral.
Inclusão da varicela
Em 2013, a varicela foi incluída na vacina tríplice viral, que passou a ser tetraviral, incluindo sarampo, caxumba, rubéola e varicela.
Inclusão de vacinas
Em 2014, três vacinas foram incluídas no calendário da criança, do adolescente e da gestante.
A vacina contra hepatite A foi incluída no calendário, sendo oferecida para crianças com 15 meses de idade.
Para os adolescentes, foi incluída a vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) para as meninas de 9 a 13 anos. Para os meninos essa inclusão aconteceu em 2018, sendo disponibilizada para a faixa etária de 11 a 15 anos.
E o calendário da gestante também sofre alteração, sendo incluída a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular).
O Movimento antivacina
Apesar de termos alcançado muitos avanços, como pudemos ver ao longo desse trajeto histórico de evolução e busca constante por melhorias no que tange a imunização, sabe-se que ainda existem muitas barreiras. Uma dessas barreiras é o crescente movimento antivacina.
Esse movimento foi incluído na lista da OMS como um dos 10 maiores riscos à saúde global. Os movimentos antivacinas trazem uma ameaça de retrocesso, revertendo o progresso alcançado ao longo dos anos pela vacinação na prevenção de diversas doenças.
Os motivos pelos quais as pessoas se recusam a vacinar são vários, e envolvem falta de confiança, falta de complacência, questões religiosas, e por vezes dificuldade no acesso. E ainda, por meio da internet, hoje muitas informações falsas, as fake news, circulam no meio virtual e podem contribuir para o movimento também.
Mesmo sabendo dos benefícios da vacinação, o movimento antivacina cresce no mundo e no Brasil, e prova disso é a cobertura vacinal dos últimos anos, onde o ideal seria alcançar 95%, em 2017, por exemplo, foi alcançado apenas 70,69% na vacinação com a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola, e varicela).
E, apesar de grande parte da população estar esperando por uma vacina contra o novo coronavírus, o movimento antivacina continua e se intensifica.
Assim, quando surgir uma vacina para o novo coronavírus, pode ser que muitos se neguem a receber a vacina, prejudicando assim, a imunização da sociedade como um todo. Pesquisas mostram essa rejeição antes mesmo da vacina estar pronta. Uma pesquisa publicada no The Lancet mostra que 26% dos franceses não tomariam a vacina se ela estivesse disponível.
Outra pesquisa da Universidade de Cambridge mostra que, no Reino Unido, 12 % não se vacinariam e 18% tentaria evitar que seus familiares se vacinassem.
Vacinação em meio à pandemia
Atualmente, devido a pandemia decorrente da pandemia pelo novo coronavírus (Sars-COV 2), foi criada a campanha “Vacinação em dia, mesmo na pandemia” criada pela Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm) em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A campanha iniciada em junho de 2020 fornece inúmeros materiais com conteúdo informativo.
Você pode acessar essa material aqui.
Calendário Vacinal
E falando em Dia “D” e em toda essa trajetória das vacinas no Brasil, não podemos deixar de falar dos calendários vacinais.
No Brasil, existem três calendários importantíssimos: o Calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria, o Calendário do Ministério da Saúde e o Calendário da Sociedade Brasileira de Imunização.
Calendário do Ministério da Saúde (PNI)
O Ministério da Saúde possui um calendário que contempla as vacinas disponíveis no SUS pelo PNI. Esse calendário abrange todas as faixas etárias.
Você pode consultá-lo aqui.
Calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria
O Calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria contempla do nascimento aos 19 anos.
Abaixo segue o calendário vacinal. O documento na íntegra está disponível aqui.

O calendário da SBP possui algumas vacinas que não são disponibilizadas pelo SUS e essa é a principal diferença entre os calendários.
Calendário da Sociedade Brasileira de Imunização
A SBIm disponibiliza uma série de calendários vacinais de acordo com a faixa etária e situação atual (como por exemplo, gestante).
Além disso, nem todas as vacinas recomendadas estão disponíveis pelo SUS.
O Calendário da criança abrange do nascimento aos 10 anos de idade. Clique aqui para conferir na íntegra.
Em seguida, têm-se o calendário do adolescente, que abrange dos 10 aos 19 anos. Clique aqui para conferir na íntegra.
O calendário do adulto, dos 20 aos 59 anos, pode ser consultado aqui.
O calendário do idoso, acima dos 60 anos, pode ser consultado aqui.
E, em situações especiais como a gestação, também existe um calendário específico com as vacinas que a gestante pode tomar. O calendário da gestante pode ser consultado aqui.
E caso você queira ver todos os ciclos de vida em um único calendário, a SBIm possui o calendário que vai do nascimento à terceira idade, e pode ser consultado aqui.
Existem ainda outros calendários que podem ser consultados no site da SBIm.
E qual as principais diferenças entre esses calendários?
Como dito anteriormente, os calendários diferem um pouco de acordo com a disponibilidade ou não da vacina pelo SUS.
Dessa forma, notamos, por exemplo, no calendário da criança, algumas vacinas que não são recomendadas por todos. Aliás, o calendário da criança é o que mais possui divergências.

Ao nascer não há diferenças entre os calendários.
Já aos 2 meses, a SBP recomenda a Pneumo13, enquanto que a SBIm deixa em aberto Pneumo10 ou Pneumo13, e já o MS oferece apenas a Pneumo10.
Aos 3 meses, tanto a SBP quanto a SBIm recomendam a Meningocócica ACWY e a Meningocócica B, vacinas que não são ofertadas para essa faixa etária pelo SUS. Essa combinação se repete aos 5 meses. O MS recomenda a Meningocócica C, ofertada pelo SUS.
Aos 4 meses a principal diferença, que inclusive já foi ressaltada, é que a SBP e a SBIm recomendam, sempre que possível, a Pneumo13, por ter um maior espectro em relação à Pneumo10, oferecida pelo SUS.
Segundo a SBP e a SBIm, aos 6 meses, além de todas que também são recomendadas pelo MS, também é recomendada a 3ª dose da Pneumo13.
Outra diferença se dá aos 12 meses, onde, pelo MS realiza-se a tríplice viral, meningocócica C e Pneumo10. Já pelo calendário da SBP, é recomendado a tetra viral (Tríplice viral + varicela), meningocócica ACWY e B, Pneumo13 e hepatite A.
Aos 15 meses, o MS realiza a tetra viral, Hepatite A, VOP e DTP. Já a SBP, recomenda a tetra viral, VOP, DTP, e a Hib (Haemophilus influenze b).
Aos 18 meses, apenas a SBP recomenda outra dose da hepatite A.
Depois de certo tempo, quando a criança chega a faixa etária de 4 a 6 anos, o MS recomenda as vacinas VOP, DTP e varicela. Já a SBP e a SBIm, recomendam a VOP, a DTP e a Meningocócica ACWY.
Aos 9 anos, pelo MS é ofertada a vacina contra o HPV para as meninas. Já pela SBP, a vacina é recomendada tanto para meninas quanto para meninos, a partir dos 9 anos. A partir dos 9 anos, a SPB e a SBIm recomendam também a vacina para dengue.
Aos 11 anos, tanto o MS quanto a SBP recomendam a Meningocócica ACWY.
Já na adolescência, aos 14 anos, a SBP e o MS recomendam a vacina dTpa (deve ser renovada a cada 10 anos).
A SBP recomenda aos 16 anos, a vacina meningocócica ACWY.
Existe também o calendário para os adultos e para idosos, como já colocados anteriormente, tanto pelo MS quanto pela SBIm. Esses calendários não possuem tantas diferenças quanto o calendário infantil.