No artigo de hoje abordaremos dois temas temidos por muitos estudantes de medicina, porém de extrema importância no cotidiano médico: Farmacologia e Psiquiatria. Os psicofármacos são usados em diversas ocasiões, entre elas, no tratamento do Transtorno Bipolar, tendo dentro do seu arsenal, o Lítio.
O Transtorno Bipolar:
O transtorno bipolar é caracterizado por uma sequência de episódios maníacos e depressivos. A quantidade e intensidade são extremamente variáveis. Na fase maníaca, os sintomas principais são humor expansivo e irritável, hiperatividade, impulsividade, desinibição. Também são sintomas comuns a necessidade diminuída de sono, pensamento acelerado, sintomas psicóticos e, em alguns pacientes selecionados, comprometimento cognitivo. Já a fase depressiva possui características semelhantes à depressão maior. Estas são humor depressivo, variação diurna, distúrbio do sono, ansiedade e até mesmo sintomas psicóticos.
No transtorno bipolar, mais frequentemente o paciente abre o quadro depressivo, podendo demorar para abrir o quadro maníaco. Tal fato dificulta o diagnóstico, e muitos pacientes com transtorno bipolar são equivocadamente diagnosticados com depressão maior, no decorrer dos primeiros sintomas.
O lítio foi o primeiro agente comprovadamente útil no tratamento da fase maníaca do transtorno bipolar que não era também um fármaco antipsicótico. No entanto, fármacos estabilizadores do humor que possuem também ação anticonvulsivantes (como carbamazepina e ácido valproico) passaram a ser mais amplamente usados do que o lítio.
A lamotrigina foi aprovada para uso na prevenção da recidiva. Outros fármacos como aripiprazol, a clorpromazina, a olanzapina, a quetiapina, a risperidona e a ziprasidona foram aprovados para o tratamento da fase maníaca do transtorno bipolar.
Farmacologia Cínica
Lítio:
Possui início de ação lento, por isso frequentemente é administrado em associação com antipsicóticos potentes ou benzodiazepínicos em pacientes apresentando episódio de mania grave. Taxa de remissão de pacientes em fase de mania pode alcançar 80%. Embora seja inferior no caso de pacientes hospitalizados.
O lítio, em concentrações terapêuticas, é desprovido de efeitos bloqueadores autônomos e de ativação ou sedação, podendo, no entanto, produzir náuseas e tremor. Diferentemente dos fármacos antipsicóticos ou antidepressivos, os quais são responsáveis por diversas ações sobre o sistema nervoso central ou autônomo.
O uso profilático do lítio evita tanto a mania como a depressão e também pode ser usado em pacientes com depressão recorrente e em associação com antidepressivos convencionais em pacientes com depressão maior e má resposta à monoterapia. Possui também aplicabilidade em casos de transtorno esquizoafetivo e esquizofrenia (em associação a antipsicóticos no caso de pacientes resistentes ao tratamento).
Deve- se proceder com medições das concentrações séricas de lítio para avaliar a dose necessária ao tratamento da mania aguda e também para avaliar a dose adequada de manutenção.
Efeitos colaterais:
Neurológicos: tremores (os quais podem ser aliviados com a administração de propranolol ou atenolol), coreoatetose, hiperatividade motora, ataxia, disartria e afasia
Psiquiátricos: confusão mental e isolamento
Tireoidianos: lítio provavelmente diminui a função da tireoide nos pacientes expostos ao fármaco (efeito reversível e não progressivo)
Renais: polidipsia, poliúria, diabetes insípido nefrogênico, edema
Cardíacos: doença sinusal, a qual é contra- indicação para o uso de lítio
Outros: erupções acneiformes transitórias no início do tratamento, foliculite, leucocitose
Ácido Valproico
Indicado como antiepiléptico, o ácido valproico também possui efeito antimaníaco e vem sendo usado com essa finalidade. O ácido valproico apresenta uma eficácia equivalente à do lítio durante as primeiras semanas do tratamento e tem sido tem sido efetivo em alguns pacientes que não responderam ao lítio
Carbamazepina
A carbamazepina pode ser usada para o tratamento da mania aguda, bem como para terapia profilática. Os efeitos colaterais tendem a ser menores do que aqueles associados ao lítio. A carbamazepina apresenta risco de discrasias sanguíneas quando usada como anticonvulsivante. No entanto, tal risco não foi observado quando usado como estabilizador do humor. As superdosagens de carbamazepina constituem uma emergência importante e, em geral, devem ser tratadas de forma eficiente
Outros Fármacos
A lamotrigina não demonstrou efetividade no tratamento da mania aguda, mas foi capaz de reduzir a frequência de ciclos depressivos recorrentes. Com isso, foi aprovada como tratamento de manutenção para o transtorno bipolar.
Vários agentes novos encontram-se em fase de investigação para a depressão bipolar, como o riluzol e a cetamina.
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