A sétima arte é uma ótima forma de iniciar seus estudos sobre algum assunto da faculdade de medicina. Pode ser uma forma mais visual e descontraída de absorver determinados conteúdos. Quem sabe, depois de estudar, você não possa ir mais a fundo e avaliar a veracidade de como as doenças são abordadas? Pensando nisso, o Jaleko separou alguns filmes interessantes que retratam doenças psiquiátricas. Se liguem, futuros psiquiatras de plantão! Queremos saber se já viram algum desses:
A Ilha do Medo
O filme A Ilha do Medo, do diretor Martin Scorsese, retrata bem o episódio de um delírio paranóide e persecutório, típico de pacientes esquizofrênicos. O personagem principal, Teddy Daniels, é um detetive que visita um hospital psiquiátrico isolado em uma ilha para investigar um caso de desaparecimento de uma paciente. Ao longo do filme, Teddy passa a acreditar ser vítima de uma conspiração dentro do local. Pensa que os enfermeiros estão lhe medicando sem saber para que tenha sintomas de tremores e paralisia. Desta forma, poderá ser diagnosticado com algum transtorno mental.
O desenrolar da trama revela que a personagem está sob um delírio característico da esquizofrenia. O papel que o paciente psiquiátrico incorporou reafirma outra característica
deste delírio: a grandiosidade. O personagem é considerado alguém importante em seu próprio delírio. No caso, um grande detetive, encarregado de desvendar um mistério.
Uma Mente Brilhante
O filme Uma Mente Brilhante, de Ron Howard, conta uma história verídica de John Nash, um matemático com esquizofrenia que trabalhou no desenvolvimento de teoria dos jogos, geometria diferencial e equações diferenciais parciais -suas idéias revolucionárias contribuíram para que ganhasse o prêmio nobel de economia em 1994. Em contrapartida, também tinha que lidar com episódios de alucinações ocasionadas pela doença, que atrapalhavam sua vida pessoal e trabalho.
O filme trata-se de uma adaptação quando aborda a doença. As manifestações psicopatológicas do personagem não são comuns em esquizofrenia. Por exemplo, o personagem tem o que chamamos de alucinações complexas, caracterizadas por múltiplos sentidos simultaneamente – ele via, ouvia, sentia suas alucinações. No entanto, as alucinações mais comuns em esquizofrenia são auditivas e cinestésicas.
TOC TOC
Toc Toc, um filme de produção da Netflix e do diretor Vicente Villanueva, retrata muito bem as diferentes formas as quais a doença de Transtorno Obsessivo Compulsivo pode se manifestar. A história se passa praticamente toda dentro de uma sala de espera de um consultório médico, onde seis pessoas com este transtorno psiquiátrico se encontram para serem atendidos por um médico renomado.
Com muitas cenas divertidas e, algumas vezes, angustiantes, a obra mostra como doenças com tiques podem ser do espectro do TOC. Também é possível observar como esta condição pode comprometer a vida social e profissional do paciente.
O lado bom da vida
No filme “O Lado Bom da Vida”, de David O. Russell, o personagem Pat Solitano Jr., descobriu que tinha transtorno bipolar após um episódio de agressão e retorna para família depois de ficar internado em um hospital psiquiátrico. Alguns sintomas e fases da doença são bem retratados no filme, como o delírio, a manía e a hipomania. Falamos um pouco sobre como esses sintomas são mostrados em algumas cenas do longa aqui.
Na obra, Pat sai da clínica de reabilitação com a convicção de estar curado e procura obsessivamente reatar com a sua ex mulher. O processo, entretanto, é dificultado por uma ordem de restrição que impede que se aproxime dela. Na tentativa de se comunicar, faz um acordo com Tiffanny, a qual não é possível reconhecer se também é bipolar ou boderline. Em troca de participar de um concurso de dança, Tiffanny irá entregar uma carta para a ex mulher de Pat.
Adam
O filme de Max Mayer conta a história de um romance entre a personagem Beth e seu vizinho com síndrome de Asperger, Adam. Conhecido como uma forma mais branda do autismo, a doença é muito bem representada, tanto nos aspectos sintomáticos, quanto no ponto de vista social.
Adam apresenta várias características dessa condição, como a dificuldade em relacionar-se e manter contato visual; comportamentos repetitivos; e a habilidade em desenvolver determinadas atividades. Mas a obra não se atém somente nas questões sintomáticas e também desenvolve os problemas sociais relacionados a essa doença. São retratadas as dificuldades da família e amigos da parceira amorosa em entender as diferenças de comportamento ocasionadas pela síndrome de asperger. O próprio relacionamento, que apresenta suas particularidades, torna-se um desafio a ser enfrentados por ambos os personagens.
Transtorno bipolar, TOC, esquizofrenia e síndrome de asperger são as doenças que podemos estudar a partir desses filmes. Essas obras podem ser um mecanismo de fixação do conteúdo muito interessante na hora de estudar esses transtorno psiquiátricos. Você já assistiu alguma delas? Conhece outro filme importante para ajudar nos estudos? Conte para a gente!
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