O Edema Agudo de Pulmão é uma síndrome clínica em que ocorre acúmulo de fluido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões. O resultado desse processo é caracterizado por hipoxemia, aumento no esforço respiratório, redução da complacência pulmonar e redução da relação ventilação/perfusão.
Está relacionado, na maioria das vezes, a causas cardíaca como crise hipertensiva, valvopatias, IAM, ICC e arritmias.
Sinais e Sintomas:
Taquicardia, taquidispneia e estertores nas bases de ambos os pulmões, dispneia, palidez, sudorese fria, cianose de extremidades, agitação psicomotora e saída de líquido espumoso róseo pela boca.
Diagnóstico:
Laboratório: Troponina
ECG: Sinais de arritmia e isquemia.
Rx de tórax: Congestão pulmonar com cefalização da trama vascular e edema peri-hilar em “asa de borboleta”.
Gasometria Arterial: Evidências de acidose, hipoxemia e hipercapnia.
Ecocardiograma: Avaliação de cardiopatias valvares e congênitas; análise da função ventricular sistólica e diastólica do VE; estimar volemia.
Tratamento:
– Suporte respiratório:
Oxigênio úmido é administrado por máscara facial a 10 L/min. A utilização de ventilação com pressão positiva de forma não invasiva (CPAP/BIPAP por máscara facial) é de grande valor no suporte ventilatório e pode protelar, ou até mesmo evitar a necessidade de intubação orotraqueal e ventilação mecânica nos casos mais graves. A Intubação orotraqueal deve ser reservada para casos onde se constate falha da terapia conservadora.
– Diuréticos:
A furosemida IV é o diurético de escolha no EAP, cuja dose deve ser individualizada de acordo com as condições clínicas. Age reduzindo a pré-carga e tem efeito natriurético.
– Vasodilatadores:
A redução rápida da pós-carga pode ser obtida com uso de vasodilatadores, desde que a pressão arterial sistólica possa ser assegurada em valores não inferiores a 90 mmHg. Nos locais onde o atendimento inicial não dispor de agentes intravenosos, podem ser usados nitratos de administração sublingual. A nitroglicerina IV é o agente vasodilatador inicialmente indicado. O uso de nitroprussiato de sódio deve ser reservado para os casos com resposta insuficiente à nitroglicerina e somente por curtos períodos pelo risco de intoxicação pelo cianeto.
– Morfina:
Reduz a pré-carga e os reflexos pulmonares responsáveis pela dispneia, aliviando a ansiedade. Apesar de extremamente útil no tratamento, deve ser usada com cautela, pelo risco de depressão respiratória.
– Agentes inotrópicos:
Podem ser necessários especialmente nos casos acompanhados por hipotensão e choque.
Após as medidas iniciais de estabilização, as causas primárias para descompensação do quadro devem ser investigadas, pois a resolução completa do EAP pode necessitar de medidas específicas para a causa determinante.
Saiba também sobre outra doença que acomete o pulmão: a pneumonia!
Excelente revisão, seus textos são ótimos !!
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