Estenose Pulmonar é a limitação à abertura da valva pulmonar, dificultando o esvaziamento do VD.
A estenose pulmonar está presente desde o nascimento, sendo a causa congênita a mais comum e estando normalmente associada a outras alterações congênitas, como Tetralogia de Fallot, síndrome de Williams e síndrome de Noonam. A causa reumática é pouco frequente e quando ocorre esta normalmente associada a outras valvas.
Achados clínicos:
Na EP leve a criança pode não apresentar sintomas.
Dispneia, fadiga, taquicardia, edema nos membros inferiores e face, oligúria e cianose.
A dor torácica pode acontecer devido à isquemia ventricular direita.
Abaulamento paraesternal direito (hipertrofia do VD).
Turgência jugular patológica.
Sopro sistólico mais audível em foco pulmonar (2º espaço intercostal esquerdo), irradiando para a fossa supra clavicular esquerda, para o pescoço ou para as costas. Manobras que aumentam o retorno venoso como uma inspiração profunda (Rivero-Carvallo), aumentarão também a intensidade do sopro.
Também pode-se encontrar B4 e hipofonese de B2.
Exames complementares:
Radiografia de tórax: Aumento do VD e AD, redução da vasculatura pulmonar. A dilatação pós-estenótica do tronco pulmonar geralmente é evidente.
Eletrocardiograma: Desvio do eixo ventricular para a direita. Nos casos mais graves, uma morfologia em qR ou ainda em R puro nas derivações direitas com inversão da onda T são as alterações habitualmente presentes. As ondas P com amplitude aumentada (P pulmonale) nas derivações D2 e V1 são indicadores de aumento do átrio direito.
Ecocardiograma: Permite o rápido diagnóstico desta patologia, determina a localização e gravidade da estenose, assim como as possíveis associações com outras malformações.
Cateterismo cardíaco: Localiza a obstrução, a gravidade e a presença de outras malformações.
Tratamento:
O procedimento de escolha é a Valvuloplastia Pulmonar por Cateter-Balão (VPCB) em razão dos excelentes resultados em curto e longo prazos.
Recomendação de Valvuloplastia Pulmonar por Cateter-Balão (VPCB):
– Pacientes com EP sintomática (com pico sistólico entre o VD e a artéria pulmonar maior que 30mmHg).
– Pacientes assintomáticos com gradiente do pico maior que 40mmHg.
O implante de bioprótese em posição pulmonar é recomendado quando houver indicação de intervenção e impossibilidade técnica de realização da VPCB.
Veja também: DIRETO AO PONTO: Estenose Mitral e DIRETO AO PONTO: Estenose Aórtica