Os alunos de medicina que se aproximam do final do curso costumam ter apenas uma coisa na cabeça: as provas de residência médica. Após estudar muito para passar no vestibular e concluir a graduação de seis anos, é preciso se preparar para uma nova prova que abrirá as portas para o ingresso na forma de especialização considerada padrão-ouro para os médicos. Muito se fala sobre as provas de residência e a vivência do residente. É importante que os alunos tirem as suas dúvidas antes de fazerem as provas, para se sentirem mais preparados. No post de hoje, vamos falar sobre os mitos e verdades que rondam as provas de residência. Acompanhe!
Mito: a prova contém a matéria específica da área
Todas as provas de residência médica contêm temas gerais, que foram trabalhados com os alunos ao longo da graduação, incluindo:
- clínica médica;
- clínica cirúrgica;
- ginecologia e obstetrícia;
- pediatria;
- medicina social.
Dessa forma, não é necessário que o médico tenha experiência na área para passar na prova e ingressar na residência, apesar de auxiliar na resolução das questões.
Mito: a residência sempre dura dois anos
A residência médica tem duração variável de acordo com a especialidade.*
As residências gerais de acesso direto (clínica médica e cirurgia geral) têm a duração de dois anos e possibilitam o ingresso em residências específicas com duração variável (p. ex., endocrinologia, cirurgia vascular).
*ATENÇÃO! Mudança do tempo de duração em cirurgia geral: a residência em cirurgia geral passará para 3 anos. Há a opção de dois anos para o médico que quiser fazer uma residencia cujo o pré-requisito seja cirurgia geral. Neste caso, o médico não tem direito ao título de especialista
Outras residências:
2 anos | acupuntura, alergia e imunologia, medicina de família |
3 anos | anestesiologia, dermatologia, ginecologia e obstetrícia, infectologia, pediatria |
5 anos | cirurgia cardiovascular |
Mito: não é possível trancar a residência
A residência pode ser trancada nos casos em que o residente não está apto a cursar a especialização, por diferentes motivos:
- afastamento por doença;
- trancamento para serviço militar;
- licença-maternidade.
Em caso de doença ou licença-maternidade, o residente recebe o valor da bolsa pelo INSS.
Verdade: existem cursos preparatórios para as provas
Anualmente, no Brasil, se formam mais médicos do que o número de vagas de residência oferecidas pelos hospitais públicos e privados, de forma que as provas costumam ser muito concorridas.
Por isso, muitos alunos buscam cursos preparatórios, que existem na modalidade presencial ou a distância. Geralmente, podem ser realizados durante os dois últimos anos da graduação ou no último semestre, para a modalidade intensiva.
Verdade: o processo é dividido em três etapas
As provas de residência são divididas em três etapas:
- prova teórica com questões referentes a todas as áreas gerais, com maior peso para a classificação;
- análise curricular (estágios extracurriculares, publicações científicas, organização de eventos científicos, monitorias, atividades de pesquisa);
- entrevista pessoal, na qual os entrevistadores buscam as motivações dos candidatos.
Alguns processos seletivos só apresentam uma etapa com uma prova teórica eliminatória e classificatória, enquanto outros contam também com uma prova prática.
Verdade: o residente recebe uma bolsa-auxílio
O residente médico tem direito a uma bolsa-auxílio prevista em edital. A bolsa é determinada pelo Ministério da Educação (MEC) para todos os residentes da área de saúde (medicina, enfermagem, fisioterapia, entre outros) e tem o valor de R$ 3.330,43 (reajuste de 2016).
É descontado o INSS e podem ser acrescidos outros auxílios (alimentação, moradia).
A preparação para as provas de residência envolve muito estudo, busca de informações sobre a área de especialidade e a instituição para a qual você concorrerá na prova. Portanto, ligue-se nas notícias da área.
E você, sabe alguma outra verdade ou mito sobre as provas de residência médica? Então deixe um comentário no post e compartilhe com a gente!