A Síndrome de Wolff – Parkinson – White é originada de uma via acessória congênita que permite a condução do átrio para o ventrículo (anterógrada), ou seja, o estímulo elétrico atinge o ventrículo pela via acessória antes do nódulo AV, gerando uma pré-excitação ventricular (Onda Delta) e encurtando o intervalo PR.
Os pacientes com padrão eletrocardiográfico de WPW possuem vias acessórias A-V que têm capacidade de condução anterógrada, resultando em alterações típicas no eletrocardiograma (intervalo PR curto e presença de onda delta no início do complexo QRS). Caso os pacientes apresentem episódios de taquicardia paroxística, são considerados como portadores de Síndrome de WPW, o tipo mais frequente de pré-excitação ventricular. Estes podem apresentar diferentes taquiarritmias, dentre elas, destaca-se a fibrilação atrial, que, eventualmente, pode degenerar para fibrilação ventricular, ocasionando morte súbita
Manifestação Clínica:
Palpitações, tonteira, falta de ar, dor no peito e, muito raramente, morte súbita. Algumas pessoas não apresentam quaisquer sintomas.
Pode se manifestar como taquiarritmias de repetição, principalmente Taqui-Supra, que pode ser Ortodrômica (mais comum), com onda P’, QRS estreito e intervalo RR regular, ou pode ser Antidrômica (menos comum), sem onda P, QRS alargado e RR regular (semelhante à Taqui-Ventricular Monomórfica).
Diagnóstico:
Seu diagnóstico ao ECG é feito através de presença de Onda Delta e intervalo PR curto (<120ms).
Tratamento:
Além da Ablação da via acessória, que é o tratamento de primeira escolha e mais eficaz, podemos utilizar o tratamento farmacológico na tentativa de reduzir os episódios de taquicardia e, consequentemente, reduzir a sintomatologia do paciente.
Dentre os medicamentos, podemos usar a adenosina para reversão da taquicardia e outros antiarrítmicos, como amiodarona e procainamida, sendo esta última muito utilizada nos casos de WPW com FA. Na presença de instabilidade hemodinâmica, devemos proceder com cardioversão elétrica.
Devemos usar com muita cautela os beta-bloqueadores, digoxina e bloqueadores dos canais de cálcio pela possibilidade de bloquearem o nó atrioventricular, liberando a condução pelas vias anômalas, predispondo a fibrilação ventricular.
Os pacientes portadores da síndrome de Wolff-Parkinson-White não podem exercer atividades físicas competitivas (futebol, vôlei, basquete) nem esportes radicais (mergulho, escalada, asa-delta).
Esses pacientes também não podem exercer profissões de risco (piloto, motorista, operador de máquinas pesadas).
Após ablação não há qualquer restrição para atividade física e qualquer profissão poderá ser exercida.
Veja também um tipo de taquiarritmias característico da WPF: DIRETO AO PONTO: Fibrilação Atrial
Faz alguns bons anos que faço acompanhamento no Incorporada por conta da síndrome WPW.. Confesso que com o passar dos anos, está me causando um pouco de medo, antes não sentia nada, hoje, aos 32 anos, venho sentindo meu coração quase sair pela boca mesmo dormindo. Ainda junto ao fato uma hipertensão. Em minha próxima consulta o médico disse que vamos falar a respeito da ablação e acredito que esse seja o único caminho que me parece mais eficaz. Antes não se vía nada na internet a respeito da WPW, hj graças a Deus isso mudou. Obrigada pelo conteúdo, msm q antigo, mas obrigada.
Nós que agradecemos pela sua mensagem, Mari! Realmente, a conversa com o cardiologista é indispensável.
Seria uma pré exitaçao ventricular síndrome
É sim possível que seja uma síndrome de pré-excitação, mas é impossível falar sem avaliar, ao menos, o eletrocardiograma. Recomendo que procure o(a) seu(sua) cardiologista. Um abraço!
Foi diagnóstico com wpw PR curto e presença de onda Delta…
Mas meus exames estão super bem não sinto ND …
Estou bem tranquilo.
Agora vou passar pelo arritimoligista PR ver se vou faser a ablaçao ou não
É isso mesmo! Converse com seu (sua) arritmologista para decidirem juntos. Um grande abraço!
No eletro deu Short pr interval, porém os eletros de antes, até mesmo de 5 meses antes, nunca deu isso. É possível ser essa síndrome? Teria como ela nunca ter mostrado nos exames e se mostrar só agora ou é alguma outra doença ou algum erro?
Olá! Obrigado pela mensagem! Bem, nem todo intervalo PR curto é pré-excitação e tem relação com a Síndrome de Wolf-Parkinson-White. E nem sempre é congênito, até porque ritmos ectópicos atriais também podem gerar PR curtos. No mais, só é possível saber com um(a) cardiologista/arritmologista avaliando os seus eletrocardiogramas. Ah, e uma última coisa… Não deve-se confiar naqueles “laudos” automáticos que o aparelho gera.
Pelo que meu cardio me disse
A síndrome de wpw não e grave
Mas trás um desconforto muito grande para quem e sintomatico..
Para ocorrer agravaçoes da doença teria que ter ela relaçionadas a outros problemas com a F.A podendo gerar uma fibrilação ventricular….
Mas e muito raro ..
Te respondemos no outro comentário, Carlos!